Lula escolhe advogada negra para Comissão de Ética da Presidência
Marcelise de Miranda Azevedo é a primeira mulher negra a integrar a Comissão de Ética da Presidência
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu, nesta terça-feira (5/9), a advogada Marcelise de Miranda Azevedo para compor a Comissão de Ética da Presidência. A jurista será a primeira mulher negra a integrar o colegiado.
Marcelise é natural do Maranhão e atua como advogada desde 1997. Ao longo dos seus 26 anos de trabalho na área jurídica, ela se especializou em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário e teve atuações em Tribunais Superiores.
Marcelise é ligada ao Grupo Prerrogativas e faz parte de coletivos que buscam dar mais visibilidade para mulheres juristas negras.
A nomeação da advogada deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (6/9).
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) foi criada no governo de Fernando Henrique Cardoso e tem como objetivo ser um órgão consultivo do presidente da República.
Mulheres no Judiciário
A indicação de Marcelise acontece quando há pressões para a indicação de uma mulher para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra deve se aposentar em outubro deste ano e Lula poderá indicar mais um nome para compor a Suprema Corte.
Com 11 ministros, o STF tem apenas duas mulheres em sua composição, as ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia. Em junho, o presidente Lula confirmou a indicação de mais um homem para o Supremo: o ministro Cristiano Zanin assumiu a vaga de Ricardo Lewandowski na Corte.
Em meio aos desgastes sobre indicação de mulheres para cargos no Judiciário, Lula indicou a advogada Daniela Teixeira para ocupar a vaga destinada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Superior Tribunal de Justiça (STJ).