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Lula embarca rumo ao Paraguai para participar da posse de Santiago Peña

Lula e Peña devem discutir crimes transnacionais, a cooperação sobre o tratado de Itaipu e relações com o Mercosul, segundo Itamaraty

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Ricardo Stuckert/Secom
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1 de 1 imagem colorida presidente Lula embarcando avião - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/Secom

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta segunda-feira (14/8) rumo a Assunção, capital do Paraguai, onde participará da posse do presidente eleito do país, Santiago Peña na manhã de terça-feira (15).

Eleito em abril, Peña é membro do partido conservador Colorado, legenda que mantém a hegemonia do país latino-americano há sete décadas.

Desde o pleito em território paraguaio, Peña esteve em Brasília em dois momentos: em maio, por ocasião da Cúpula da presidentes da América do Sul, e em julho, para discutir as negociações do Tratado de Itaipu.

Antes da posse, ainda nesta segunda (14), Lula tem um encontro privado com o presidente que deixa o poder, Fernando Lugo, às 19h.

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Com a nova agenda internacional do petista, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) assume o comando interino da Presidência até o retorno do mandatário, após a solenidade na terça (15/8).

Agenda no Paraguai

Segundo o governo federal, a participação do presidente Lula na solenidade de posse está alinhada à retomada da política externa brasileira, com a valorização das parcerias com os vizinhos sul-americanos.

Em julho, o Brasil assumiu a presidência do Mercosul – bloco também formado pela Argentina, Paraguai e Uruguai. Além de temáticas ligadas ao bloco, Lula e Peña devem discutir assuntos como combate a crimes transnacionais, investimentos e a parceira dos países na cooperação energética entre os dois países.

O Brasil é o principal parceiro comercial do Paraguai, país que abriga a terceira maior comunidade brasileira no exterior, atrás apenas de Estados Unidos e de Portugal. Estima-se que 245 mil brasileiros vivam atualmente em território paraguaio.

Peña tem como prioridade abrir caminhos para renegociar o acordo entre o seu país e o Brasil, sobre a energia produzida pela Usina Binacional de Itaipu.

Tratado de Itaipu

O Acordo de Itaipu faz 50 anos em 2023 e deve ser revisto, pois a obra já se pagou. Os dois países têm direito a 50% cada da energia produzida, mas o Brasil usa muito mais e compra esse excedente do Paraguai.

Peña quer que o Brasil concorde em rediscutir o valor pago por essa energia excedente, que é menor do que o pago pelo mercado aberto. Os paraguaios também gostariam de usar uma parcela maior da energia e também poder vender sua parte excedente livremente no mercado.

Na última visita ao Brasil, em julho, Peña afirmou que o Paraguai não está buscando uma política “rentista”, mas “desenvolvimentista”.

“O Paraguai quer desenvolver seu país, o Paraguai tem muita gente jovem que quer trabalhar, então hoje estamos buscando política econômica que vai gerar emprego. A ideia não é mudar emprego do Brasil para o Paraguai, a ideia é que todo emprego feito fora do Mercosul venha para Brasil ou Paraguai e temos que trabalhar juntos em como gerar que essa essa energia seja oportunidade para gerar emprego”, afirmou.

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