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Lula elogia articulação com Congresso e pede mais negociações em 2024

Presidente Lula convocou ultima reunião ministerial ampliada do ano no Planalto, em clima de reforma, para fazer balanço das ações de 2023

atualizado

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1 de 1 imagem colorida reunião com ministros - metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou, na manhã desta quarta-feira (20/12), na última reunião ministerial do ano, dedicada a fazer um balanço sobre as ações do governo federal ao longo deste primeiro ano do mandato. Na fala, Lula agradeceu pela articulação política no Congresso Nacional, e pediu aos ministros foco nas negociações para o próximo ano.

O chefe do Executivo federal convocou todos os ministros para o encontro ampliado no Palácio do Planalto, que também contou com a participação de líderes no Congresso Nacional e assessores da Presidência.

Em clima de reforma ministerial, prevista para ser realizada até abril, o presidente está alinhando os esforços para 2024, ano de eleições municipais, em que o governo pretende focar em obras e outras ações do governo pelo país.

“Preciso começar enaltecendo o trabalho extraordinário da aprovação das coisas que conseguimos aprovar no Congresso Nacional”, declarou o petista, nos primeiros momentos do discurso.

Lula salientou a vitória conquistada após a aprovação da reforma tributária, e frisou o papel do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para a provação da matéria no Legislativo. Para 2024, ele pediu um avanço nas negociações.

“É importante a gente comemorar o feito da aprovação da primeira política de reforma tributária aprovada em um regime democrático, em um Congresso Nacional onde partidariamente todos os partidos são de [porte] médio pra baixo, não tem nenhum partido com 200 deputados, com 150 deputados, e nós conseguimos isso. Apenas colocando em prática a arte da negociação”, declarou.

Lula ressaltou que o governo pretende mostrar ao mundo que “não pensa em nenhum momento que é possível fazer mágica na economia”, e que se possa “dar um cavalo de pau em um navio do tamanho do Brasil”.

“A gente vai continuar no ano de 2024 com esse mesmo jeito de governar, conversando com todo mundo. ‘Pede alguma coisa, ganha outra coisa’, mas estabelecer como regra extraordinária a capacidade de conversação, a capacidade do diálogo”, detalhou.

Segundo o petista, esta reunião será mais enxuta que a última, realizada em junho, quando todos os ministros falaram. O chefe do Executivo federal disse que pretende encerrar a reunião às 15h. A expectativa é que Lula participe, no Congresso Nacional, da solenidade de promulgação da reforma tributária.

O Executivo conseguiu avançar em agendas importantes no Congresso ao longo deste ano, apesar de sofrer reveses com a derrubada de vetos presidenciais em matérias caras ao Planalto, como o Marco Temporal de terras indígenas, o marco das garantias, e a desoneração da folha.

Dino no STF

Durante a reunião, Lula homenageou o ministro Flávio Dino, aprovado para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Na fala, o presidente afirmou que espera que Dino seja um “comunista do bem”, e frisou que ministros da Corte devem falar apenas “pelos autos do processo”.

“Obviamente que vai ter uma fala especial do nosso querido Flávio Dino, que foi ‘eleito’ ministro da Suprema Corte desse país. Segundo a extrema direita, foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Corte, e eu espero que seja um comunista do bem”, defendeu o chefe do Planalto.

Na fala, o chefe do Executivo federal pediu que Dino “tenha amor, carinho, e sobretudo seja justo”.

“Porque ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica, ali, meu caro Flávio Dino, com a tua competência, só tem uma coisa que você não pode trair, o teu compromisso com o povo brasileiro e com a verdade”, ressaltou Lula.

O plenário do Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (13/12), as indicações de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ministro do STF “não tem que dar palpite”

Segundo Lula, o papel de um ministro da Corte é falar pelos autos do processo. “O ministro da Corte não tem que ficar dando entrevista, ficar dando palpite sobre os votos, ele fala nos autos do processo. E é isso que interessa pra quem recorre à Suprema Corte”.

O petista frisou que “está confiante que Dino será motivo de orgulho para o país quando assumir [o cargo no STF], em 22 de fevereiro”.

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