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Lula e Sánchez convidam para cúpula contra extremismos políticos em NY

Evento em Nova York ocorrerá no dia 24/9, às margens da Assembleia Geral da ONU, e é organizado pelos presidentes do Brasil e da Espanha

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Imagem colorida de Pedro Sánchez, presidente da Espanha, dando um aperto de mão no presidente Lula - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Pedro Sánchez, presidente da Espanha, dando um aperto de mão no presidente Lula - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, organizam um evento paralelo durante a próxima semana de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

A cúpula é voltada a fazer uma discussão política em torno do tema: “Em defesa da democracia. Lutando contra extremismos”. Segundo o embaixador Carlos Márcio Cozendey, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Itamaraty, a cúpula será feita em formato de mesa redonda e ainda está em fase de organização, por isso ainda não há a composição fechada.

O evento de alto nível acontecerá no dia 24 de setembro de 2024, em Nova York, das 15h às 17h. Segundo a nota-convite, à qual o Metrópoles teve acesso, a reunião “consistirá numa mesa redonda onde os líderes discutirão formas de promover os princípios democráticos e proteger as instituições democráticas de movimentos extremistas”.

O objetivo é “garantir eleições livres, o Estado de direito e as liberdades individuais, ao mesmo tempo que promovem um crescimento económico robusto, sustentável e equitativo e inclusão social”.

Os dois chefes de Estado discutiram a realização desse evento durante visita de Sánchez ao Brasil ainda em março, quando Lula destacou a parceria entre os países e reforçou a necessidade de união entre “forças progressistas”.

“A guerra, a fome, a crise climática, a intolerância política e religiosa e a xenofobia afetam a todos, mas sobretudo os mais pobres. Não podemos permitir que a desesperança nos prive da vontade de lutar para conseguir o que sonhamos”, afirmou o presidente do Brasil na ocasião.

Guerras e Venezuela

Em um momento em que o Brasil e a China idealizam uma proposta de paz para a guerra na Ucrânia, não se sabe se o conflito entrará na pauta. A proposta, classificada pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “destrutiva”, deverá ser discutida em Nova York, mas ainda há dúvidas sobre qual será o foro de discussão.

Lula após fala de Zelensky: “Poderia ter conversado antes da guerra”

Outra guerra no radar é a na Faixa de Gaza. Na visita ao Brasil no começo deste ano, Sánchez disse que seu país está buscando soluções para o conflito entre Israel e o Hamas e defendeu o reconhecimento dos dois Estados: palestino e israelense. Lula, por sua vez, foi mais incisivo ao classificar as ações do governo israelense como “genocídio” e já acusou o governo de Israel de sabotar “o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio”. O petista também defende a existência do Estado Palestino.

Há também dúvidas sobre um debate em torno da situação política na Venezuela. Relatório da missão de investigação da ONU divulgado nesta terça-feira (17/9) aponta que o governo de Nicolás Maduro “intensificou dramaticamente” a repressão política a protestos após as eleições presidenciais em julho deste ano.

Segundo o documento, as autoridades do país agiram para desmantelar e desmobilizar a oposição, inibir a disseminação de informações independentes e opiniões críticas e prevenir protestos pacíficos de forma “consciente e deliberada”.

“Estamos testemunhando uma intensificação da maquinaria repressiva do Estado em resposta ao que entende como visões críticas, oposição ou dissidência”, afirmou Marta Valinas, presidente da missão de investigação da ONU.

De acordo com o relatório, 2,4 mil pessoas foram presas durante protestos após as eleições na Venezuela. Além disso, a ONU aponta que 25 pessoas foram mortas em manifestações. Dessas, 24 morreram por ferimentos de bala, principalmente no pescoço.

O governo brasileiro diverge do governo espanhol no tema da Venezuela. Enquanto Lula mantém canal de diálogo com Caracas, a Espanha deu asilo político a Edmundo González, candidato da oposição na Venezuela que recebeu asilo espanhol há cerca de 10 dias alegando perseguições políticas em seu país.

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