Lula e Haddad discutem pauta econômica com principais bancos privados
Presidente Lula e ministro Fernando Haddad tratarão de temas da agenda econômica com a Febraban
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutem nesta quarta-feira (16/10) temas da pauta econômica com os representantes dos principais bancos privados do país. A reunião está agendada para ocorrer entre 11h30 e 12h30, no Palácio do Planalto.
Estarão presentes o presidente do conselho diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Luiz Carlos Trabuco, e o presidente-executivo da federação, Isaac Sidney.
Segundo fontes consultadas pelo Metrópoles, entre os temas que deverão ser tratados estão a regulamentação dos jogos e apostas online (as bets), a proposta de taxação de milionários, mudanças na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e medidas de acesso a crédito. Esta reunião, porém, não deverá ser definitiva, ou seja, não deverá resultar em medidas concretas e finais.
Pouco antes de seguir para a agenda no Planalto, Haddad disse que a reunião foi solicitada pela Febraban. “Essa audiência vem sendo pedida há algum tempo. O presidente tem se reunido com setores econômicos importantes, em geral ligados à produção, papel e celulose, aço, Anfavea etc. Havia o pedido da Febraban em solicitar essa audiência, então é uma solicitação deles, não é uma solicitação do presidente da República”, informou o ministro.
Ele completou dizendo que não há um tema específico: “O tema é o mesmo tema que orientou todos os encontros até agora. Fazer um balanço do que nós avançamos até aqui, e quais são as perspectivas, os pontos de alerta , essa que é a questão”. Segundo ele, a ideia é discutir “cenários do país”.
Na semana passada, o presidente-executivo da Febraban esteve no Ministério da Fazenda para defender a limitação ou suspensão temporária de meios de pagamentos instantâneos, como Pix, para as bets.
Febraban defende limitar ou suspender temporariamente Pix para bets
A entidade tem mostrado preocupação com o endividamento das famílias. “Nós deveríamos aproveitar o melhor momento do mercado de crédito e o melhor momento do mercado de trabalho para evitar que nós tenhamos a novas frentes de endividamento”, afirmou Sidney a jornalistas após a reunião.
“Como hoje os estudos revelam que 90% dos pagamentos se dão pro mesmo instantâneo nós estamos defendendo que temporariamente ou se suspenda ou que se imponham limites para que esse endividamento não se deteriore”, explicou.
Reunião com bancos públicos
Em novembro do ano passado, Lula recebeu os cinco bancos públicos logo após a troca no comando da Caixa Econômica Federal. Carlos Vieira assumiu a chefia do banco público após demissão de Rita Serrano.
Também participaram daquela agenda os presidentes do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros; do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante; do Banco da Amazônia, Luiz Claudio Lessa; e do Banco do Nordeste, Paulo Câmara.