Lula e chanceler da Alemanha firmam termo para transformação ecológica
Os principais termos envolvem diminuir a emissão de carbono e zerar o desmatamento. A medida poderá gerar mais empregos e renda
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, assinaram, nesta segunda-feira (4/12), uma declaração de intenções a fim de criar projetos para transformação ecológica e com respeito à sociedade. As propostas deverão gerar empregos e renda, além de reforçar a cooperação entre as nações.
Os principais temas do acordo incluem deixar as indústrias mais verdes, com agricultura de baixo carbono, bioeconomia e meta de zerar o desmatamento até 2030.
Scholz elogiou o trabalho ambiental de Lula, em pronunciamento à imprensa: “Sob sua orientação, a proteção das florestas se tornou novamente prioridade”. O presidente brasileiro chegou no domingo (3/12) a Berlim e viajará de volta ao Brasil nesta quarta-feira (6/12).
O petista ressaltou a história de colaboração entre os países, tendo a Alemanha como “o mais tradicional parceiro do Brasil”. Lula disse ter celebrado um acordo satisfatório para as nações e “muito bom para a questão ambiental e muito bom para a transição energética que estamos levando muito a sério no Brasil”.
Além disso, as autoridades discutiram medidas pela democracia. “Concordamos em atuar juntos no enfrentamento às forças antidemocráticas que atuam de forma coordenada internacionalmente e fomentam o extremismo. Esse é o espírito da declaração conjunta sobre integridade da informação e combate à desinformação”, falou Lula.
Mercosul e ONU
Ao falar com a imprensa nessa segunda, Lula também tratou dos avanços do acordo entre Mercosul, sob Presidência do Brasil, e a União Europeia. O chefe do Executivo disse ter apelado para o presidente francês, Emmanuel Macron, que se disse contra o tratado.
“Ontem, quando me despedi do presidente Macron, eu falei: ‘Quando você pegar o avião, que você sentar na sua poltrona, abra o seu coração, converse com a sua esposa e aceite fazer um acordo entre a União Europeia e o Mercosul’. Eu não vou desistir do Macron, e não vou desistir porque nós vamos ter outras reuniões, outras necessidades. Eu vou continuar até, um dia, eu conseguir”, afirmou Lula.
O chefe do Executivo criticou também a Organização das Nações Unidas (ONU) pela falta de resolução para conflitos como Rússia contra Ucrânia e Israel com o grupo Hamas.
“Com mais presidentes que eu converso, eu continuo acreditando que a gente só tem um lado para a gente ficar: é o lado de convencer a nossa querida Assembleia das Nações Unidas a ajudar a decidir as soluções para as controvérsias que existem no mundo. É para isso que a ONU foi criada”, comentou.