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Lula diz querer manter a “América do Sul como zona de paz no planeta”

Em último discurso antes de deixar a Guiana, Lula reforçou os laços com o país estrangeiro e convidou os guianenses para reunião do G20

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1 de 1 Imagem colorida de Lula na Guiana - Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse trabalhar para assegurar a América do Sul como um local de paz, em meio à guerra na Ucrânia e a calamidade na Faixa de Gaza. O chefe do Executivo discursou, nesta quinta-feira (29/2), na Guiana, antes de embarcar para São Vicente e Granadinas.

Lula reforçou os laços com a Guiana e falou que o “trabalho intenso é para manter a América do Sul como zona de paz no planeta Terra, não precisamos de guerra”. Além disso, o presidente atribuiu esse “papel” de pacificador ao Brasil.

“É papel que Brasil pretende jogar na América do Sul e no mundo. Todo mundo sabe que o Brasil é contra a guerra na Ucrânia, contra o que está acontecendo na Faixa de Gaza, da mesma forma que fomos contra o ataque terrorista do Hamas. O Brasil quer paz, prosperidade, crescimento econômico e melhora na qualidade de vida”, afirmou.

Lula chegou a Georgetown, capital da Guiana, nessa quarta-feira (28/2), onde participou do encerramento da 46º Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom). Nesta quinta, teve uma reunião bilateral com o chefe do Executivo guianês, Irfaan Ali.

Ainda em pronunciamento pela paz, o petista disse que agradecerá pessoalmente ao primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, “por ser o coordenador das conversas entre Guiana e Venezuela, e espero que a gente tenha uma reunião da Celac [Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos] produtiva, harmoniosa e que todos nós saiamos de lá falando em paz e prosperidade, alegria, amor e não em ódio.”

A viagem de Lula ao Caribe também tem a missão de apaziguar os ânimos entre Venezuela e Guiana frente à disputa por Essequibo, região rica em petróleo. A expectativa é de um encontro dele com representantes das duas nações para discutir um possível fim do impasse.

Relações diplomáticas

O chefe do Executivo apontou um “apagão” nas relações exteriores do país, em crítica a seus antecessores. “Lamentavelmente, após o impeachment da Dilma, houve apagão do Brasil com a América do Sul, um apagão na relação com a Guiana e com os países da Caricom“.

“Essa minha visita é a recuperação de uma política que estava sendo levada avante em 2010 e teve continuidade com Dilma e depois foi paralisada. Não apenas com América do Sul ou Guiana, mas, na verdade, o Brasil parou suas relações internacionais com o mundo”.

Ainda no discurso, Lula falou sobre um alinhamento do Brasil e da Guiana para enfrentar as mudanças climáticas. Dessa forma, o petista disse ter convidado o presidente da Guiana, Irfaan Ali, para a reunião do G20 no Rio de Janeiro, em novembro, para “expor a monetização que querem fazer sobre a preservação da floresta da Guiana”.

“Esses assuntos me fizeram convidar o presidente para uma missão empresarial e que visite logo o Brasil para mostrar aos empresários as oportunidades que a Guiana oferece para o investimento brasileiro, na área de mineração, energética, petróleo, agricultura”.

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