Lula diz que Ibama vai suspender fiscalização por falta de verba
Em postagem no Twitter, Lula criticou a gestão Bolsonaro e disse que “só na primeira quinzena de novembro, o desmatamento aumentou 1.200%”
atualizado
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (8/12), que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) irá suspender as atividades de fiscalização por falta de verbas nos últimos dias do ano.
Em publicação no Twitter, Lula ainda fez menção à escalada nos índices de desmatamento ocorrida no governo de Jair Bolsonaro (PL). “Em 4 anos, o atual governo permitiu o desmatamento de 45 mil km² do território brasileiro. Só na primeira quinzena de novembro, o desmatamento aumentou 1.200%.”
Nos últimos dias do ano, o Ibama irá suspender a fiscalização por falta de verbas. Em 4 anos, o atual governo permitiu o desmatamento de 45 mil km² do território brasileiro. Só na primeira quinzena de novembro, o desmatamento aumentou 1.200%.
— Lula (@LulaOficial) December 8, 2022
“Essa é a maior destruição dos últimos 15 anos. Os números mostram que teremos muito trabalho pela frente para combater a destruição ambiental e devolver o respeito e a soberania ao Brasil”, observou.
Entre as atribuições do Ibama, estão fiscalização ambiental e a aplicação de penalidades administrativas. Também cabe à autarquia o monitoramento ambiental, com enfoque no combate a desmatamentos, queimadas e incêndios florestais.
Ibama rebate
Em nota enviada ao Metrópoles, o Ibama afirmou que as fiscalizações não correm riscos de paralisação, uma vez que recursos da Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro) não sofreram cortes orçamentários. Segundo a autarquia, os valores contingenciados a pedido do Ministério da Economia têm previsão de serem liberados em breve.
“As contas do governo fecharam com superávit de R$ 30,8 bilhões em outubro, o melhor desempenho para o mês desde 2016 e bem superior às previsões”, reforçou o Ibama.