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Lula diz que Brasil “era feliz” quando PT polarizava com PSDB

Declaração aconteceu um dia após o ex-presidente e pré-candidato petista afirmar que PSDB acabou. Afirmação foi alvo de críticas por tucanos

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
lançamento da chapa Lula-Alckmin
1 de 1 lançamento da chapa Lula-Alckmin - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Um dia após afirmar que o “PSDB acabou”, o pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contemporizou e disse, nesta quarta-feira (1º/6), que o Brasil era “feliz” quando a polarização política se dava entre tucanos e petistas.

“Já disse para o Alckmin: como este país era feliz quando a polarização era entre o PT e o PSDB. Como era feliz este país quando a polarização era entre a Dilma e o Alckmin, a Dilma e o Serra, eu e o Serra, eu e Alckmin, eu e o Fernando Henrique Cardoso”, disse Lula em evento com profissionais da educação em Porto Alegre.

“A gente era civilizado, a gente ganhava e perdia, a gente voltava para casa (…) A transição que nós fizemos com o Fernando Henrique Cardoso foi a mais civilizada que este país conheceu. Você disputava uma eleição, mas você não estava em guerra. O seu adversário não era seu inimigo”, continuou o petista.

Também estavam presentes no evento a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa de Lula, os ex-ministros Aloizio Mercadante e Tarso Genro e a esposa de Lula, Janja.

“PSDB acabou”

Durante seu discurso no lançamento do livro “Querido Lula: Cartas a um presidente na prisão”, Lula falava do tempo em que ficou preso e que os adversários achavam que ele tinha ficado mais fraco. E que, na verdade, teria saído mais forte.

“Uma vez teve um senador do PFL que disse que era preciso acabar com ‘essa desgraça do PT’, o Jorge Bornhausen. O PFL acabou. Agora quem acabou foi o PSDB. E o PT continua forte, continua crescendo”, alfinetou.

Nesta quarta, o PSDB reagiu às provocações e afirmou que o petista deveria responder à população, em vez de atacar os tucanos. “Lula tinha que estar mais preocupado em responder à população. porque a gestão do PT quase acabou com o Brasil, que foi salvo da destruição pelo impeachment de Dilma. Aliás, Dilma que ele e o PT escondem. E ele segue na hipocrisia procurando líderes tucanos”, diz nota do PSDB.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
Pouco antes do Natal, Lula e Alckmin tiveram o primeiro encontro
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Pouco antes do Natal, Lula e Alckmin tiveram o primeiro encontro

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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

Michael Melo/Metrópoles
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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

Igo Estrela/Metrópoles
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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 18 de março de 2022, Alckmin anunciou a filiação ao PSB, depois de 33 anos no PSDB

Divulgação/ Ricardo Stuckert
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Carlos Siqueira, Geraldo Alckmin, Lula e Gleisi Hoffmann

Fábio Vieira/Metrópoles

Aproximação com tucanos

Apesar das críticas ao partido, Lula tem buscado apoio de tucanos, que desistiram da candidatura de João Doria e hoje estão em vias de fechar a aliança com a candidata do MDB Simone Tebet. Pode ser a primeira vez, desde a redemocratização, que os tucanos deixam de lançar candidatura própria à Presidência da República.

Entre as lideranças tucanas procuradas por Lula está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro Aloysio Nunes. Este último, inclusive, já disse que vai apoiar o petista no primeiro turno das eleições.

Lula também chamou Geraldo Alckmin, um dos grandes nomes tucanos, mas agora no PSB, para ser vice na chapa.

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