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Lula diz que Bolsonaro contou “mentiras contra a democracia”

Petista e outros pré-candidatos regiram às falas do presidente brasileiro a diplomatas estrangeiros sobre as eleições

atualizado

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
1 de 1 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o adversário Jair Bolsonaro (PL) após apresentação que o prsidente fez a embaixadores estrangeiros nesta segunda-feira (18/7), levantando desconfiança em torno das eleições brasileiras.

“É uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país. Emprego, desenvolvimento ou combate à fome, por exemplo”, escreveu Lula, em seus perfis nas redes sociais. “Ao invés disso, conta mentiras contra nossa democracia”, completou o ex-presidente e pré-candidato a enfrentar Bolsonaro nas urnas este ano.

A apresentação para diplomatas estrangeiros foi realizada no Palácio da Alvorada no fim da tarde desta segunda. O chefe do Executivo repetiu argumentos já desmentidos sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas e insistiu que as eleições deste ano devem ser “limpas” e “transparentes”, apesar de não apresentar provas que indiquem que o contrário possa ocorrer.

Veja a postagem de Lula:

Outros presidenciáveis também reagiram ao evento de Bolsonaro com os representantes de países estrangeiros. “Depois do horrendo espetáculo promovido, hoje, por Bolsonaro, ele não pode ser mais presidente de uma das maiores democracia do mundo ou o Brasil não pode mais se dizer integrante do grupo de países democráticos”, escreveu Ciro Gomes (PDT), também nas redes sociais.

“Nunca, em toda história moderna, o presidente de um importante país democrático convocou o corpo diplomático para proferir ameaças contra a democracia e desfilar mentiras tentando atingir o Poder Judiciário e o sistema eleitoral”, continuou Ciro, que falou ainda sobre buscar formas de tirar Bolsonaro do poder.

“Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e temos que buscar instrumentos legais para retirá-lo do cargo. Sei que se trata de uma tarefa delicada porque temos uma figura como Arthur Lira na presidência da Câmara, a quem caberia dar andamento a um pedido de impeachment. Não há mais paciência política nem armadura institucional capazes de suportar tamanho abuso. Muito menos complacência de se interpretar organização clara e deliberada de golpe como arroubos retóricos ou desatinos de um presidente desqualificado”, concluiu o pedetista.

A senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB, divulgou um “manifesto pela paz nas eleições” e escreveu que “o Brasil passa vergonha diante do mundo. O presidente convocou embaixadores e utilizou de meios oficiais e públicos para desacreditar mais uma vez o sistema eleitoral brasileiro”.

“Reforço minha confiança na Justiça Eleitoral e no sistema de votação por urnas eletrônicas”, completou Tebet.

 

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