Lula diz não ter “moral para falar contra” greves
“A gente pode até não gostar, mas é direito democrático dos trabalhadores”, falou o presidente Lula sobre as paralisações
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (10/4), não ter “moral para falar contra a greve”, em meio à paralisação de alguns setores do serviço público. Entre os movimentos, estão os servidores do Banco Central, técnicos de universidades e agentes ambientais.
“A gente pode até não gostar, mas é direito democrático dos trabalhadores. Não tenho moral para falar contra a greve, eu nasci das greves”, afirmou, em evento no Palácio do Planalto.
Há expectativa de que o governo federal formalize ainda nesta quarta uma oferta de reajustes nos benefícios dos servidores do Executivo. Seriam contemplados auxílio-alimentação, per capita da saúde complementar e assistência pré-escolar, com aumento a partir do próximo mês.
Reunião sucede fala de Lula
A reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) começará às 14h30, em Brasília. Esse é o principal meio de discussão entre governo e funcionários.
O debate seria em junho, mas foi antecipado para que haja uma conversa sobre o reajuste dos benefícios. Caso a proposta seja aceita por todas as partes, os novos valores teriam aumento de mais de 50%, com recursos já disponíveis pelo orçamento deste ano.
Os valores oferecidos pelo governo são os seguintes:
- auxílio-alimentação: sobe de R$ 658 para R$ 1 mil
- auxílio-saúde: sobe de R$ 144 para R$ 215
- auxílio-creche: sobe de R$ 321 para R$ 484,90
Apesar disso, a principal cobrança dos trabalhadores é uma mudança no salário, mas as expectativas são baixas.