1 de 1 Imagem colorida mostra Lula chega à África do Sul para Cúpula do Brics - Metrópoles
- Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Joanesburgo, na África do Sul, às 10h do horário local (5h no horário de Brasília). Ele participa, de terça-feira (22/8) até quinta-feira (24/8), da 15ª Cúpula do Brics.
Entre outros assuntos, a reunião vai decidir quais serão os critérios para incluir novos países no grupo. Hoje, o bloco tem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O interesse de entrar no bloco vem dos seguintes países: Argélia, Argentina, Arábia Saudita, Bangladesh, Bahrein, Belarus, Bolívia, Cuba, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Honduras, Indonésia, Irã, Cazaquistão, Kuwait, Marrocos, Nigéria, Palestina, Senegal, Tailândia, Venezuela e Vietnã.
Confira o vídeo da recepção de Lula em solo sul-africano:
O encontro na África do Sul confirmou o convite a 67 países. Mas pelo menos um deles não vai mandar seu chefe de Estado: a Rússia, uma das nações fundadoras do Brics.
Existe uma explicação prática para isso. Essa será a primeira edição presencial da Cúpula do Brics desde a guerra na Ucrânia. Por isso, Vladimir Putin, presidente russo, não participará, já que o Tribunal Penal Internacional (TPI) expediu um mandato de prisão contra ele. Em seu lugar, entra o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.
De acordo com as últimas declarações de Lula, que deve ser o centro das atenções sem a presença de Putin, outro objetivo da cúpula é criar uma nova governança mundial. O presidente brasileiro reforçou a ideia de o bloco criar uma moeda única para reduzir a dependência do dólar. A Rússia, porém, considera que isso não seria possível a curto prazo.
O discurso, no entanto, encontra eco dentro do grupo. De acordo com a ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, a reunião será uma oportunidade de discutir “reformas significativas na governança global”.
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Formado por países de economias emergentes, o Brics (sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) foi criado em 2001. O nome foi primeiramente usado para se referir ao crescimento econômico de alguns países ao redor do mundo
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Após o economista britânico Jim O'Neill realizar estudo sobre as economias emergentes e as perspectivas de crescimento dos países com essas características, ele cunhou a sigla Bric
Alan Santos/PR
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À época, o crescimento do Brasil ainda gerava dúvidas e a Rússia não se desenvolvia, pois estava estagnada. Por outro lado, a China vivia ascensão dentro do cenário econômico mundial. Mesmo sem acompanharem o crescimento do país atualmente comandado por Xi Jinping, os demais membros também eram consideradas economias emergentes
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Diante do resultado dos estudos do economista, os noticiários passaram a usar o nome, mencionando positivamente a boa perspectiva de crescimento dos países. Eles, então, resolveram se juntar e formar um bloco econômico
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Em 2009, portanto, o bloco foi oficializado e, em 2011, a África do Sul foi agregada ao grupo. A partir de então, a letra S, representando o último país-membro, foi inserida na sigla, que passou a ser chamada de Brics
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Entre os principais objetivos do bloco estão: o fortalecimento da economia dos países-membros, a institucionalização do grupo, cooperação entre as nações nas áreas científicas, acadêmicas, técnicas e culturais, e a criação de um banco para reservas emergenciais
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O Banco do Brics, criado em 2014, é sediado em Xangai, na China. Além de garantir reservas para os países-membros, o banco também funciona como alternativa para o Fundo Monetário Internacional e para o Banco Mundial
Reprodução/ New Development Bank
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Entre as características do bloco está o fato de todos os países serem emergentes. Países com economias emergentes são países subdesenvolvidos que apresentam crescimento econômico próspero e com características que os diferenciam de economias periféricas
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Recentemente, após a Rússia invadir a Ucrânia, o posicionamento dos países do Brics em votação de resolução para punir a Rússia na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou divergências entre as nações
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China, Índia e África do Sul se abstiveram, enquanto o Brasil foi o único país do bloco a votar a favor da resolução – e, portanto, contra a Rússia
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A China evitou criticar a Rússia e declarou que não imporia sanções ao aliado. O governo chinês defende que Moscou e Kiev resolvam seus problemas por meio do diálogo e sugeriu que ajudaria neste aspecto
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O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, conversou com Putin, por telefone, no dia 25 de fevereiro, um dia após a invasão, e teria pedido a “imediata cessão da violência”, mas sem qualquer condenação. O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, também defendeu o diálogo como resolução para o conflito no Leste Europeu