Lula desce a rampa do Planalto após retirada de grades: “Democracia não exige muro”
Lula mandou retirar as grades que cercavam o Palácio do Planalto desde os protestos ocorridos em Brasília em 2013
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desceu, nesta quarta-feira (10/5), a rampa do Palácio do Planalto para vistoriar a retirada das grades que cercavam o local desde 2013. Ele estava acompanhado da primeira-dama do Brasil, Janja, e do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Dezenas de pessoas acompanharam a descida de Lula bem ao lado da rampa. Aproveitaram para tirar fotos, fazer vídeos e conversar com Lula. “O Brasil não precisa estar cercado de grades. É deixar livre. A democracia não exige muro, não precisa de muro. Cada um tira da onde quiser”, afirmou o presidente.
Veja as imagens:
Lula adiantou que também vai retirar as grades do Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República. “Vou tirar aquela muralha na frente do Alvorada. Depois, a segurança veja como ela cuida para evitar qualquer problema, porque nunca teve. As pessoas iam na porta do Alvorada protestar. Se eu quisesse cercar o povo, não permitir que ele faça protesto, não tem sentido a democracia. Aquilo foi feito em um momento que o PT já não mandava mais no país, na gestão do (ex-presidente Michel) Temer”, acrescentou.
A mando de Lula
Servidores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) retiraram, na manhã desta quarta, as grades metálicas que cercavam o Palácio do Planalto, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer sem muros ou cercas.
Apesar de não serem fixas, essas grades cercavam o Palácio do Planalto desde os protestos de junho de 2013, ainda no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). E foram mantidas por Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, confirmou que a retirada do gradil do Planalto e do Itamaraty foi um pedido do presidente Lula. “O presidente Lula solicitou a retirada das grades aqui e no Itamaraty. O momento que o país está vivendo não pode ter esse gradil. Ele já tinha essa vontade, esse desejo”, afirmou.
Servidores envolvidos na operação de retirada disseram à reportagem do Metrópoles que se trata de um teste para ver se os equipamentos ainda são necessários para garantir a segurança das instalações.
Entretanto, questionado pela reportagem, o GSI informou “que as grades são temporárias e foram retiradas. Poderão ser utilizadas novamente para complementar e reforçar as medidas de segurança quando a situação recomendar ou com a finalidade de melhor organizar eventos”.