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Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual reveladas pelo Metrópoles

Ministro dos Direitos Humanos é acusado de assédio sexual. Caso foi revelado pelo Metrópoles, na coluna de Guilherme Amado

atualizado

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Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
Silvio Almeida e Lula
1 de 1 Silvio Almeida e Lula - Foto: Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, nesta sexta-feira (6/9), após acusações de assédio sexual. O caso foi revelado pelo Metrópoles, na coluna de Guilherme Amado.

O Planalto divulgou nota por meio da qual afirma que “diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e depois de convocá-lo para uma conversa” o presidente Lula decidiu pela demissão. “O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, afirmou o texto.

O documento ainda afirma que “o Governo Federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”.

Mais cedo, o presidente Lula já havia indicado a saída do ministro do cargo.  “Meu governo tem a prioridade de fazer com que as mulheres se transformem em uma parte importante na política nacional. Então, eu não posso permitir que tenha assédio”, disse em entrevista à Rádio Difusora Goiana.

O presidente ainda garantiu que deve haver uma apuração correta. “Mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”, completou Lula.

Silvio Almeida é acusado de assédio sexual, e entre as vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Conforme reportagem publicada pelo Metrópoles, a organização Me Too Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, confirmou ter sido procurada por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro.

O ministro negou, veementemente, as acusações e afirmou que as denúncias seriam “mentiras”. Ele ainda afirmou que acionaria a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Justiça para apurar uma suposta “denunciação caluniosa”.

“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, afirmou.

A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República anunciou que abriu procedimento preliminar para apurar as denúncias de assédio sexual contra o ministro. Como também mostrou a coluna de Guilherme Amado, a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar as denúncias.

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