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Lula defende “revogaço” de políticas ambientais do governo Bolsonaro

O petista afirmou que o principal desafio na área, em uma eventual vitória, será “reconstruir” as políticas enfraquecidas na atual gestão

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB, se encontram com representantes de movimentos populares
1 de 1 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB, se encontram com representantes de movimentos populares - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Durante encontro com ativistas do meio ambiente, na manhã deste sábado (4/6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a possibilidade promover um “revogaço” de medidas aprovadas durante o governo Jair Bolsonaro (PL) em caso de vitória nas próximas eleições. O petista afirmou que o principal desafio na área será “reconstruir” as políticas que foram enfraquecidas na atual gestão.

“Primeiro, é recuperar o patamar que a gente já teve. E aí, vai ter que ter, não sei se vai ser um dia do revogaço, mas vai ter um dia da gente tirar todas as coisas que foram feitas para impedir que a gente continuasse sendo respeitado no mundo”, afirmou. “Essa questão de passar com a boiada, se tiver decreto, vamos ter que revogar, a questão da demarcação de terras. Tudo que eles desfizeram, nós vamos ter que refazer”, falou.

O pré-candidato à vice-presidência, Geraldo Alckmin (PSD), também defendeu mudanças para que o país volte a ser referência na área ambiental e elogiou as propostas levantadas pelas lideranças. “O Brasil vai voltar a ser exemplo e liderar no mundo esse trabalho de enfrentamento às questões climáticas e da promoção do desenvolvimento sustentável”, disse.

“Comemoramos aqui e trabalhamos para boas propostas, de curtíssimo prazo, que já começa com o ‘revogaço’ e propostas de médio prazo em benefício da população”.

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda

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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo

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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

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Especialistas

A proposta de “revogaço” de medidas implementadas pelo governo Bolsonaro é defendida por ambientalistas. No último mês, representantes de 73 entidades apresentaram um plano para reverter, nos próximos dois anos, o que chamam de “legado tóxico” da política ambiental bolsonarista. Nesse intuito, a iniciativa visa garantir a revogação de mais de 100 atos do atual governo.

As 74 propostas formuladas por especialistas de vários campos do conhecimento serão entregues a todos os presidenciáveis – exceto a Bolsonaro.

“A premissa fundamental do trabalho é que em 2023 uma outra pessoa assuma a Presidência da República no lugar de Jair Bolsonaro, para desfazer o legado de destruição do atual governo, implementar o Acordo de Paris e colocar o Brasil no caminho de realizar seu destino de ser uma potência ambiental”, assinala o texto.

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