Lula decidirá sobre Forças Armadas no Rio na próxima semana, diz Dino
A operação com as Forças Armadas no Rio seria para fortalecer as fronteiras terrestres, os portos e aeroportos
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberá um estudo sobre a possível ajuda das Forças Armadas no Rio de Janeiro. O debate sobre o tema começou no governo federal após o incêndio de 35 ônibus na Zona Leste da capital nesta semana. A decisão do petista deverá ser tomada na próxima semana.
O dossiê a ser enviado ao presidente visa “o fortalecimento de três áreas que são de competência federal”, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Lula se encontrou, nessa terça-feira (24/10), com o líder da Defesa, José Múcio, e comandantes das Forças Armadas.
A nova operação, apoiada pelos militares, teria como objetivo reforçar as fronteiras terrestres, os portos e aeroportos para coibir os tráficos de drogas e armas.
“A diretriz fixada por Lula é trabalhar esse modelo para, na próxima semana, ele fazer os anúncios, que envolvem outros itens, como a presença policial e diálogo com as Forças Armadas. Temos outras questões que debatemos na longa reunião, como incremento de tecnologia para as áreas federais”, afirmou Dino.
Dino elogiou as medidas anunciadas pelo governador Cláudio Castro (PL), como a força-tarefa para identificar lavagem de dinheiro, prática também utilizada pelo crime organizado.
“O problema do Rio abrange policiamento ostensivo, sim, mas a questão central para vencer milícias e organizações criminosas envolve o conjunto que estamos trabalhando: inteligência, tecnologia e capitalização. Temos que entender que só é possível superar a situação somando ações emergenciais com ações de longo curso”, falou.
Outro ministério
Lula disse, nessa terça-feira (24/10), ainda pensar em criar uma pasta apenas para a segurança pública. Atualmente o tema pertence ao ministério de Dino.
O chefe da Justiça e Segurança Pública afirmou não ter tratado com Lula a divisão dos ministérios. “Não há nenhuma resistência, porque não me cabe, sou auxiliar dele”, falou Dino.