Lula dá bronca em sindicalistas da Educação: “Não há razão” para greve
Após anunciar R$ 5,5 bilhões para universidades e institutos federais, presidente pediu o fim da greve de professores e técnicos
atualizado
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Ex-sindicalista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou nesta segunda-feira (10/6) sobre estratégias para greves, que, segundo ele, precisam ter “tempo de começar e terminar”. Lula falou em evento para anúncios de investimento nas universidades e nos institutos federais, no Palácio do Planalto, num momento em que servidores da área estão paralisados.
“A greve tem tempo de começar e terminar, mas não pode terminar por inanição, senão as pessoas ficam desmoralizadas. O dirigente sindical tem que ter coragem de propor, negociar e tomar decisões, que não é o tudo ou nada”, afirmou.
“Nesse caso da educação, se analisarem o conjunto da obra, vão perceber que não há razão de a greve estar durando o que está durando. Quem perde não é o reitor, mas o Brasil e os estudantes. No Brasil, está cheio de dirigente para começar a greve, mas não para acabar”, continuou o petista.
Segundo Lula, “não é por 3%, 2% ou 4% que a gente fica a vida inteira de greve”. Os professores universitários estão paralisados há mais de 50 dias e os técnicos-administrativos beiram os 90 dias parados.
Para o presidente, os R$ 5,5 bilhões anunciados nesta manhã são “irrecusáveis” e chamou de “melancólicos” universidades e institutos sem verba para pagar as contas de luz.
O montante será dividido desta forma:
- R$ 3,7 bilhões em consolidação;
- R$ 1,75 bilhão em hospitais universitários;
- R$ 600 milhões em expansão.