Lula critica possível extradição de Assange: “Contra a democracia”
Presidente Lula destaca preocupação com a possibilidade “iminente” de extradição do jornalista australiano, detido em prisão no Reino Unido
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a possível extradição do jornalista australiano Julian Assange. A declaração foi publicada no Twitter oficial de Lula na noite deste sábado (10/6).
“Sua prisão vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa. É importante que todos nos mobilizemos em sua defesa”, destacou o presidente brasileiro. Atualmente, Assange está detido em uma prisão de segurança máxima do Reino Unido.
Vejo com preocupação a possibilidade iminente de extradição do jornalista Julian Assange. Assange fez um importante trabalho de denúncia de ações ilegítimas de um Estado contra outro. Sua prisão vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa. É importante que todos…
— Lula (@LulaOficial) June 10, 2023
O petista ainda destacou a preocupação com a possibilidade “iminente” de extradição do jornalista. “Assange fez um importante trabalho de denúncia de ações ilegítimas de um Estado contra outro.”
Essa não é a primeira vez que Lula se manifesta a favor do australiano. No ano passado, Lula também usou as redes sociais para pedir a libertação de Assange. Na ocasião, ele havia publicado uma foto ao lado de Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, e o também editor da organização Joseph Farrell. Assange foi fundador do portal.
Ainda candidato à presidência da República, o chefe do Executivo brasileiro questionou qual crime Assange teria cometido. O petista destacou que, em vez de ser preso, o jornalista deveria receber o Prêmio Nobel ou “o Oscar da decência e da coragem”.
Entenda
Assange está detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres (UK). Em junho, o governo britânico aprovou a extradição dele aos Estados Unidos. No país, o australiano é acusado de espionagem após a divulgação de dados confidenciais militares dos EUA por meio da página WikiLeaks.
Assange divulgou, segundo o governo norte-americano, entre os anos de 2010 e 2011, cerca de 250 mil mensagens diplomáticas e mais de 500 mil documentos confidenciais.