Lula volta a atacar BC: “Estou há 2 anos com presidente do Bolsonaro”
O mandato de Campos Neto, atual presidente do Banco Central, pode se estender até o último dia deste ano. Lula nomeará sucessor
atualizado
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![Presidente da Repúplica Luiz Inácio Lula da Silva durante agenda de governo - Metrópoles](/_next/image?url=https%3A%2F%2Ffly.metroimg.com%2Fupload%2Fq_85%2Cw_700%2Fhttps%3A%2F%2Fuploads.metroimg.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2024%2F06%2F20181440%2FPresidente-da-Repu%25CC%2581plica-Luiz-Ina%25CC%2581cio-Lula-da-Silva-durante-agenda-de-governo-Metro%25CC%2581poles-42.jpg&w=3840&q=75)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta segunda-feira (1º/7), não ser “correto” o Banco Central (BC) poder manter o mesmo presidente durante as trocas do chefe do Executivo. Lula criticou estar até hoje com o chefe do BC escolhido por Jair Bolsonaro (PL).
“Como pode o presidente da República ganhar as eleições e, depois, não poder indicar o presidente do Banco Central? Ou, se indica, ele tem uma data. Estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro. Então, não é correto isso”, reclamou em entrevista à Rádio Princesa, da Bahia.
O atual presidente do BC é Roberto Campos Neto, que pode ficar no cargo até o último dia de 2024. Na disputa da sucessão, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, é tido como favorito. Lula já chamou Galípolo de “completíssimo” e com “todas as condições” para liderar a instituição.
O petista, em entrevista, teceu mais críticas à relevância de Campos Neto. “O que não dá é para o cidadão ter um mandato e ser mais importante do que o presidente da República. Isso que está equivocado”, queixou-se.
Lula comentou ser necessária “muita paciência” para “esperar chegar a hora de indicar outro candidato”. O chefe do Executivo afirmou desejar para o BC um presidente “que olhe um pouco o país como ele é, não do jeito que o sistema financeiro fala”.
Além das diferenças ideológicas com Campos Neto, o presidente da República tem criticado o BC pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, a 10,5% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).