Lula conversará com secretário da ONU e primeiro-ministro da Palestina
Presidente Lula segue em giro pela África e comparecerá à Cúpula da União Africana neste sábado (17/2)
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em Adis Abeba, capital da Etiópia, no fim de semana. A previsão de retorno é apenas no domingo (18/2), e o chefe do Executivo deverá pousar em solo brasileiro à noite.
Neste sábado (17/2), Lula comparecerá à 37ª Cúpula da União Africana, onde terá reuniões com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e, depois, com o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Shtayyeh.
Em visita à Liga Árabe, na quinta-feira (15/2), o petista fez críticas à ONU e discursou pelo Estado da Palestina, em meio à guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas.
Após a abertura da cúpula, o presidente brasileiro seguirá para um almoço com demais chefes de Estado e poderá ter mais encontros bilaterais. Ao fim do dia, haverá um jantar com o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, com quem Lula esteve já na sexta-feira (16/2).
No domingo (18/2), a agenda será reduzida, com espaço para algumas conversas bilaterais e uma coletiva de imprensa ao meio-dia (horário da Etiópia). Em seguida, o petista embarca para Brasília, após a primeira viagem internacional deste ano.
Esforços na África
O chefe do Executivo chegou ao Egito na quarta-feira (14/2) e não teve compromissos oficiais. Dessa forma, Lula e Janja, a primeira-dama, visitaram as pirâmides de Gizé, a Esfinge e um novo museu ao lado dos monumentos, que ainda não está aberto ao público.
Na ocasião, o presidente disse ter conversado sobre um possível auxílio egípcio na recuperação do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e do acervo abrigado lá. O museu pegou fogo em 2018 e tinha grande acervo de relíquias egípcias.
Já na quinta-feira (15/2), Lula esteve com o presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi. Eles discutiram cooperações entre as nações, as mudanças climáticas e subiram o tom em pronunciamentos sobre a guerra entre Israel e Hamas, que dura desde outubro.
“É urgente parar com a matança. A posição do Brasil é clara: não haverá paz enquanto não houver um Estado Palestino dentro de fronteiras mutuamente acordadas, que incluem a Faixa de Gaza e Cisjordânia, com Jerusalém oriental como capital”, afirmou o petista.
Ainda no discurso, o chefe do Executivo chegou a dizer que a “ONU está enfraquecida para que Israel cumpra uma das decisões”, após o Conselho de Segurança do órgão aprovar diversas sugestões de cessar-fogo. Por se tratar de uma recomendação, não existe obrigação de ela ser acatada.
Os esforços, nesta sexta-feira (16/2), estavam voltados a convencer mais países a aderirem à Aliança Contra a Fome, proposta do Brasil na Presidência do G20, o Grupo dos Vinte. A ideia é apresentar em novembro, ao fim da direção brasileira, um plano de ação.