Lula conta ter dúvidas sobre melhor lugar para Dino: Justiça ou STF
Flávio Dino está entre os cotados para assumir vaga de Rosa Weber no STF. Lula disse que pretende decidir indicações ainda este ano
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (27/10), que avalia se Flávio Dino “será melhor para o Brasil”, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, vaga que ocupa atualmente, ou como titular do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dino é um dos favoritos para assumir a vaga deixada pela ministra Rosa Weber, aposentada no fim de setembro da Corte. Além de Dino, outros nomes cotados para a vaga no Supremo são o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Questionado sobre a possibilidade de indicar o chefe da pasta da Justiça ao Supremo, Lula evitou cravar preferências, mas afirmou que o ministro é uma pessoa “altamente qualificada do ponto de vista jurídico e político”.
“Mas eu fico pensando: onde o Flávio Dino será mais justo e melhor para o Brasil. É na Suprema Corte ou é no Ministério da Justiça? Com outras pessoas também tenho esta dúvida. É melhor no lugar que ele está, ou na Suprema Corte. É uma dúvida que eu tenho e vou conversar com muita gente ainda antes de escolher. E está chegando a hora de escolher”, declarou o petista.
A declaração de Lula ocorreu durante café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto.
Indicações para PGR e STF
O presidente também defendeu que fará as indicações para procurad0r-geral da República (PGR) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda este ano, apesar de não cravar uma data para enviar os nomes ao Senado Federal. Lula não descartou a possibilidade de indicar uma mulher para as vagas.
O titular do Planalto tem sido pressionado para indicar os substitutos de Augusto Aras na chefia da PGR, e Rosa Weber no Supremo, que deixaram as funções no mês de setembro. Lula explicou que adiou a decisão por conta das cirurgias que fez, mas que pretende escolher em breve.
“Eu agora não vou esperar o final do ano. Eu posso escolher amanhã, semana que vem, depois de amanhã. É um direito meu de escolher. Eu vou escolher. Vou escolher as pessoas certas, adequadas para o lugar certo, em função das circunstâncias políticas”, frisou.
O chefe do Executivo federal argumentou ainda que pretende escolher alguém que tenha noção da função do procurador-geral, e que não queira “fazer política”.