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Lula confirma adesão do Brasil à OPEP+, mas “não vai apitar nada”

Em viagem à COP28, Lula confirmou que país aceitará convite da organização de países exportadores de petróleo e aliados

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1 de 1 imagem colorida lula cop28- metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Dubai* – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, neste sábado (2/12), que o Brasil irá aceitar o convite feito pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) para se tornar um dos “aliados” do grupo, a partir de janeiro de 2024.

O petista, no entanto, alegou que o país “não vai apitar nada no bloco”. De acordo com o presidente, a participação brasileira no grupo será para convencer nações produtoras de petróleo a investir em alternativas de combustível renováveis.

Lula está em Dubai para a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP28) e confirmou adesão ao grupo em reunião com membros da sociedade civil. O uso de combustíveis fósseis, principal vilão do aquecimento global, tem sido duramente criticado durante a conferência.

“Muita gente ficou assustada: ‘nossa, o Brasil vai participar da Opep’. O Brasil não vai participar da Opep, vai participar da Opep+”, explicou o petista. Segundo ele, a adesão funcionará de forma semelhante à participação do país no G7. “Eu vou lá, escuto, só falo depois que eles tomarem a decisão e venho embora. Não apito nada”, defendeu.

A Opep surgiu em 1960 e reúne, atualmente, 13 países. Entre eles, Arábia Saudita, Irã, Venezuela, Equador, Líbia, Nigéria, Catar e Emirados Árabes Unidos. Não fazem parte da entidade, contudo, grandes produtores, como Estados Unidos, Canadá, Brasil e China.

A sigla “Opep+” foi criada a partir da inclusão no grupo de “países aliados”. Eles não fazem parte formal da organização, mas participam de debates e atuam em políticas ligadas ao comércio de petróleo. Entre os aliados da Opep+ estão Azerbaijão, Bahrein, Malásia, México e Rússia, por exemplo.

Transição energética

Lula argumentou que a participação do Brasil no bloco é importante para “convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis”.

“E se preparar significa aproveitar o dinheiro que eles lucram com petróleo e fazer investimento, para que continentes como o africano e como a américa latina possam produzir os combustíveis renováveis pro que eles precisam. Sobretudo o hidrogênio verde, porque se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis”, seguiu.

O debate sobre a transição energética, a partir da redução do uso de energias fósseis, tem sido uma das pautas recorrentes na conferência do clima da ONU, que ocorre até a próxima semana em Dubai, nos Emirados Árabes. Líderes reunidos, entre eles o presidente brasileiro, tem feito discursos incisivos a favor da priorização de energias renováveis.

*Repórter viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade

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