Lula comete gafe e diz que amantes são mais amadas que esposas
O presidente da República participou de evento alusivo aos dois anos do 8 de Janeiro, quando prédios dos Três Poderes foram depredados
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da SiIva (PT) cometeu uma gafe ao afirmar, nesta quarta-feira (8/1), que as amantes são frequentemente mais amadas que as esposas. A declaração foi dada em evento sobre o 8 de Janeiro de 2023, no Palácio do Planalto. Lula, seguindo esse raciocínio, disse ser um “amante da democracia”.
“Eu diria que eu sou um amante da democracia. Não sou nem marido, eu sou amante porque a maioria das vezes os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres e eu sou um amante da democracia e conheço o valor dela”, disse Lula.
Após o evento, o próximo ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo de Lula, Sidônio Palmeira, foi questionado se daria um puxão de orelha em Lula pela fala, ele desconversou. Disse que ainda não assumiu e não falará nada.
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No ato, o presidente fez discurso emocionado sobre a democracia e sua trajetória de vida. Descontraiu um pouco com discurso improvisado e citou ainda período sombrio vivido na ditadura.
“Hoje é dia de dizer em alto e bom som: ainda estamos aqui. Para dizer que estamos vivos e que a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 2022… de 2023. Estamos aqui para dizer: ditadura nunca mais, democracia sempre”, afirmou, em evento no Palácio do Planalto.
A frase faz referência ao livro no qual Marcelo Rubens Paiva conta a história do pai, Rubens Paiva, que foi torturado e morto pela ditadura militar de 1964. A obra baseou o filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, pelo qual a atriz Fernanda Torres conquistou o Globo de Ouro de Melhor Atriz.
Lula disse que, se houvesse um golpe de Estado em 2023, “muitos de nós estaríamos exilados ou presos, como aconteceu no passado”.
O presidente, então, seguiu: “Estamos aqui em nome de todas as Marias, Clarices e Eunices”, pontuou, emocionado, em referência a Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva. Na mesma solenidade, o presidente retificou a criação do prêmio com o nome dela, que era defensora dos direitos humanos.