Lula comemora resgate na Cisjordânia e reitera esforço por cessar-fogo
Presidente Lula ressaltou que o governo continua trabalhando para trazer brasileiros que estão na Faixa de Gaza e para garantir cessar-fogo
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enalteceu o trabalho da Força Aérea Brasileira (FAB) no resgate de brasileiros que estavam na Cisjordânia, em território palestino, e frisou que o trabalho do governo federal para repatriar brasileiros que estão na Faixa de Gaza e para que o cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas ocorra o quanto antes.
Até o momento, desde que a guerra na região começou, aeronaves da FAB resgataram 1.445 mil pessoas e 53 animais domésticos da região de conflito entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas.
Nesta quinta-feira (2/11), o nono voo da Operação Voltando em Paz pousou em território brasileiro, trazendo 32 cidadãos vindos da Cisjordânia, em território palestino. Lula comemorou mais essa chegada. Veja:
Mais uma etapa da operação Voltando em Paz foi concluída. Os passageiros que estavam na Cisjordânia, na Palestina, foram repatriados e já estão em solo brasileiro. Os esforços do governo federal continuam para trazer os brasileiros que estão na Faixa de Gaza, bem como para que o… pic.twitter.com/B9ekb6vCLH
— Lula (@LulaOficial) November 2, 2023
O brasileiro Amer Adiz, de 40 anos, é um dos repatriados que chegaram na aeronave, acompanhado dos quatro filhos. A expectativa da família é poder voltar ao território quando houver um cessar-fogo, e a situação estiver novamente estabilizada.
“Meus filhos estavam morando lá, fui lá e fiquei dois meses, mas tive que voltar por causa da guerra. Agora a gente está mais aliviado. Está bem complicada a situação lá. Mas vamos ver. Se Deus quiser, vai melhorar a situação lá, para a gente poder voltar”, declarou Amer à imprensa após desembarcar em Brasília. Ele e os filhos seguem para Foz do Iguaçu, no Paraná.
Clique aqui para ver o relato dele em vídeo.
Amer integra um grupo de brasileiros que saíram de Amã, capital da Jordânia, na tarde dessa quarta-feira (1º/11). O grupo é composto por 12 homens, 9 mulheres – entre eles, seis são idosos e dois cadeirantes – e 11 crianças.
Uma aeronave está no Cairo, capital do Egito, aguardando a autorização para retirada de 34 brasileiros que ainda estão impedidos de sair da Faixa de Gaza.
O Itamaraty negocia, via diplomacia, a inclusão do grupo na lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave palestino, mas ainda não teve o sinal verde dos governos egípcio e israelense.
Aeronaves que já pousaram no Brasil:
- KC-30 (Airbus A330 200): 211 passageiros
- KC-30 (Airbus A330 200): 214 passageiros + 4 pets
- KC-390 Millennium (Embraer): 69 passageiros
- KC-30 (Airbus A330 200): 207 passageiros + 4 pets
- KC-30 (Airbus A330 200): 215 passageiros + 16 pets
- KC-30 (Airbus A330 200): 219 passageiros + 11 pets
- KC-390 Millennium (Embraer): 69 passageiros + 9 pets
- KC-30 (Airbus A330 200): 209 passageiros + 9 pets
- VC-2 (Embraer 190): 32 passageiros
“Estava com muito medo”
Ao Metrópoles a brasiliense Nazmieh Mohamed, 72 anos, disse sentir, principalmente, alívio após voltar para casa. “Agora, estou livre. Graças a Deus. Eu estava com muito medo em Israel. Tinha muitos adultos e muitas crianças morrendo lá”, lamentou.
A moradora do Gama contou que estava na Palestina para visitar parentes. Então, o conflito na região se intensificou, com bombardeios frequentes. “Tem muito brasileiro na Faixa de Gaza e ninguém está seguro lá. É pela graça de Deus que estamos aqui hoje”, ressaltou Nazmieh.
Para fugir da guerra, Karime Shalabi, 44, deixou para trás a casa onde mora e o trabalho. Ela conta que a situação era de tensão e perigo iminente. “A gente estava correndo muito perigo, por causa dos ataques na nossa cidade. Deixamos tudo lá, família, casa, trabalho”, contou ao Metrópoles.
“Tem muitas mortes, é um massacre. Nós estamos muito felizes que o Brasil nos ajudou muito, cuidou de nós, foi muito atencioso. Tem bastante brasileiro lá ainda para ajudar. Muito obrigada, Brasil, a gente está muito feliz com o nosso presidente, que teve interesse em cuidar de nós.”