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Lula chega na Bolívia em meio à briga entre Arce e Evo. Entenda

O presidente Lula se reúne nesta terça-feira (9/7) com o seu homólogo boliviano, Luis Arce. A Bolívia vive período de instabilidade política

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Imagem colorida mostra os presidentes da Bolívia, Luis Arce, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se cumprimentando - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra os presidentes da Bolívia, Luis Arce, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se cumprimentando - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Após marcar presença na cúpula de líderes do Mercosul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue para uma série de agendas na Bolívia, nesta terça-feira (9/7). A viagem ocorre em meio a um clima de instabilidade política no país, intensificado por uma recente tentativa de golpe de Estado.

Na visita, Lula terá uma reunião com o presidente da Bolívia, Luis Arce, oportunidade em que deve prestar solidariedade pelo ato golpista. O chefe do Executivo comparou a intentona frustrada na Bolívia aos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro.

“Há menos de 15 dias, um membro de nosso bloco sofreu uma tentativa de golpe. A democracia prevaleceu graças à firmeza do governo boliviano, à mobilização do seu povo e ao rechaço da comunidade internacional”, disse Lula, em discurso no Mercosul.

A expectativa é que, além de manifestar apoio ao país vizinho, o petista atue como mediador do conflito entre Luis Arce e o ex-presidente Evo Morales. Antigos aliados, os líderes romperam em meio às tratativas para as eleições presidenciais de 2025. Lula, por sua vez, mantém uma relação de amizade com os dois.

“O interesse do Brasil é que prevaleça a democracia, que haja um entendimento que permita que as próximas eleições se realizem sem qualquer sobressalto”, avalia a secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Gisela Padovan.

“É mais do que natural que tendo presente as dificuldades que estão acontecendo na Bolívia, bloqueios de estrada, o presidente tente compor com as duas autoridades que são, inclusive, do mesmo movimento”, completou a embaixadora.

Entenda a disputa na Bolívia

O atual presidente da Bolívia foi ministro de Economia e Finanças de Evo Morales, que governou o país entre 2006 e 2019. Nas eleições de 2020, Morales apoiou a candidatura de Arce, mas ao longo do mandato, os dois se afastaram.

O ex-presidente acusa o atual chefe de Estado de adotar políticas liberais e de direita. Em outubro de 2023, Arce foi expulso do partido Movimento ao Socialismo (MAS) por não participar da convenção da sigla. Na ocasião, o nome de Morales foi confirmado para concorrer à presidência em 2025.

Já após a tentativa de golpe de Estado, Evo Morales acusou o atual presidente de tentar promover um autogolpe. O objetivo seria melhorar a imagem do governo às vésperas das eleições.

A fala vai na mesma direção do que já havia dito o ex-comandante do Exército, o general Juan José Zúñiga, que foi preso após os atos. Arce, no entanto, nega a versão.

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