Lula cancela viagem à Rússia para os Brics após acidente doméstico
Presidente Lula embarcaria neste domingo (20/10) para a Rússia. Cancelamento ocorreu por orientação médica, segundo a Presidência
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou, por orientação médica, a viagem que faria à Rússia para participar da 16ª Cúpula dos Brics, em Kazan. O chefe do Executivo sofreu acidente doméstico nesse sábado (19/10) em Brasília, após voltar de viagem a São Paulo.
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A Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) divulgou nota afirmando que o presidente não pode fazer viagens de avião de longa duração.
“O presidente irá participar da Cúpula dos Brics por meio de videoconferência e terá agenda de trabalho normal essa semana em Brasília, no Palácio do Planalto”, informou a Secom. O evento ocorrerá de terça-feira (22/10) até a quinta-feira (24/10).
Segundo boletim médico do hospital Sírio-Libanês, Lula teve ferimento corto-contuso em região occipital. Ou seja, feriu-se na cabeça. O Metrópoles apurou que o presidente levou pontos, mas não dormiu no hospital, passando a noite na residência oficial, o Palácio da Alvorada.
“Após avaliação da equipe médica, foi orientado evitar viagem aérea de longa distância, podendo exercer suas demais atividades. Permanece sob acompanhamento de equipe médica, aos cuidados do prof. dr. Roberto Kalil Filho e dra. Ana Helena Germoglio”, diz o boletim.
Essa seria a primeira vez que Lula encontraria o presidente russo, Vladimir Putin, no seu terceiro mandato como presidente do Brasil.
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O bloco, originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ganhou recentemente novos membros para expandir sua influência global.
Passaram a integrar o bloco neste ano os seguintes países: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia.
Reunião dos Brics
Ao menos outros 23 chefes de Estado haviam confirmado presença em Kazan, onde o foco das conversas será a integração do chamado Sul Global e possíveis resoluções para os conflitos no Oriente Médio, que atualmente ocorrem de forma intensa no Líbano e em Gaza, ambos sob ataque de Israel. A tendência é que o grupo de países critique Israel e peça o fim dos conflitos.
A guerra entre Rússia e Ucrânia poderá ser mencionada, mas não está entre os assuntos prioritários, que envolvem ainda colaborações políticas, financeiras e de desenvolvimento sustentável. É improvável que os chefes de Estado presentes cobrem de Vladimir Putin, o anfitrião, o fim da invasão ao país vizinho. Nos bastidores, porém, o assunto será debatido.