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Lula: Bolsonaro ter ganhado joias mostra que “tem alguma coisa errada”

Ao comentar o caso que envolve o clã Bolsonaro, Lula (PT) reforçou que “joia não é presente de um presidente para o outro”

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao Metrópoles
1 de 1 Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao Metrópoles - Foto: Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (26/6), que o antecessor na Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), ter recebido joias como presentes oficiais mostra que “tem alguma coisa errada”. Ao ser questionado sobre o caso que envolve o clã Bolsonaro, o petista reforçou que “joia não é presente de um presidente para o outro”. A declaração ocorreu durante entrevista ao site Uol.

“Presidente da República não ganha joia, presidente da República ganha presente”, afirmou Lula. “Joia não é presente de um presidente para o outro, joia tem alguma coisa errada”, completou.

“Eu estou com 12 conteiners de coisas que eu ganhei apodrecendo lá no sindicato de São Bernardo dos Campos, porque não temos e não me preocupei com isso. Mas eu queria fazer um museu e, depois dessa quantidade de processo, atrapalharam minha vida, mas está lá”, contou o presidente da República.

O petista reafirmou que o ex-presidente Bolsonaro teria tentado dar um golpe de Estado durante seu mandato. “Sabe, que ele tentou dar um golpe, tentou. Isso é visível”, pontuou.

Lula pede presunção de inocência de Bolsonaro

O chefe do Executivo brasileiro voltou a pedir que Bolsonaro tenha presunção de inocência: “Então, eu não quero que seja condenado ou inocentado, quero que ele seja julgado corretamente, com direito de defesa, e que prevaleça aquilo que a Justiça encontrar”.

“O que eu defendo para ele, eu defendo para mim: que ele tenha direito de presunção de inocência, que tenha direito de se defender e seja ouvido. É só isso que eu defendo, que eu queria para mim, que eu não tive. Sabe que fui condenado, e o crime que eu cometi foi fato indeterminado”, declarou.

Lula prosseguiu dizendo que deseja que Bolsonaro seja julgado da forma mais honesta possível, e que o “veredito seja do tamanho do crime que cometeu”. “Não desejo mal para nenhum adversário, não desejo evitar disputa política de adversário”, destacou.

“Quando você guarda rancor, você ataca o teu interior. Você não dorme bem”, finalizou o petista.

O caso das joias de Bolsonaro

A Operação Lucas 12:2 investiga o destino de presentes entregues ao então presidente Jair Bolsonaro durante visitas oficiais. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), os itens devem ficar no acervo da União, e não no acervo pessoal do ex-mandatário.

Veja presentes de Bolsonaro negociados pelo pai de Mauro Cid em Miami

Em 11 de agosto, aliados e auxiliares de Bolsonaro foram alvos de ação da PF no caso das joias. São eles: o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid; o ex-ajudante de ordens e tenente-coronel Mauro Cid, filho de Lourena; o advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef; e o segundo-tenente Osmar Crivelatti.

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