Lula apoia Kamala: “Muito mais seguro para fortalecer a democracia”
Lula reforçou o apoio para a candidata na corrida eleitoral dos Estados Unidos. Presidente falou também do G20
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou, em entrevista ao canal francês TF1, sobre seu apoio à candidata democrata Kamala Harris nas eleições dos Estados Unidos (EUA).
“Sou amante da democracia. Acho que é o melhor sistema de governo que a sociedade construiu no mundo. Somente uma democracia fez com que um torneiro mecânico chegasse à presidência da República por três vezes. Ela permite aos contrários, os antagônicos, uma disputa civilizada na discussão de ideias, sem violência. Acho que a Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para fortalecer a democracia nos Estados Unidos”, afirmou.
Na semana passada, Kamala reforçou o aceno às mulheres e recebeu a artista Beyoncé no Texas, estado de maioria republicana. Na reta final do pleito, a candidata busca também os eleitores indecisos.
O presidente falou também do G20, grupo presidido pelo Brasil este ano. A próxima cúpula será em novembro no Rio de Janeiro.
“Estamos organizando um G20 no Brasil com foco no combate à fome, por meio de uma Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Não há mais justificativa para termos 733 milhões de pessoas passando fome em um mundo autossuficiente na produção de alimentos, enquanto os gastos com armas e guerras alcançam a marca de US$ 2 trilhões”, disse.
O chefe do Executivo afirmou que não quer trazer o tema da guerra entre Rússia e Ucrânia para a mesa de discussão do G20. Ele ressaltou que o encontro não deve ter a presença dos líderes envolvidos no confronto, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.
“Nós não convidamos o Zelensky para participar, e o Putin não vai participar. Ou seja, nós não achamos que esse fórum do G20 será um espaço para discutir a guerra entre dois países. É para discutir os temas que já foram abordados no último G20 e nós queremos evoluir”, disse Lula.
Outro tópico abordado pelo titular do Planalto é a necessidade de paz no mundo. “Precisamos de pessoas dispostas a conversar e dialogar para encontrar soluções para os problemas do mundo. Seja no Iêmen, no Irã, no Sudão, em Israel, no Líbano, na Rússia ou na Ucrânia, devemos ter a capacidade de dialogar. O poder do argumento tem mais impacto do que o poder de uma metralhadora”, falou.