Lula apoia frente desde que grupo defenda “fora, Bolsonaro” e nova eleição
Para o petista, a formação de um grupo tem que pedir a mudança do governo federal e da política econômica
atualizado
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (11/6) a criação de uma frente ampla que apoie retirar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o vice, Hamilton Mourão, do Palácio do Planalto e convocar novas eleições.
No Twitter, o petista criticou o posicionamento das pessoas que defendem a formação de uma frente, mas não defendem o impeachment de Bolsonaro. “Não defende a mudança do governo, da política econômica. Ora, frente contra o que, então?”, cutucou.
Lula então ironizou o fato de que as declarações dele possam ser referentes a uma possível candidatura da parte dele, por exemplo.
“Não precisam ter medo do Lula, porque estou inelegível nesse momento. Mas é preciso dar a chance do povo escolher um representante civilizado”, completou.
Bobo da corte
Em entrevista ao Metrópoles na quinta-feira passada (4/6), Lula disse que o governo Bolsonaro inexiste para dar conta dos problemas nacionais e reagiu às comparações entre ele e o atual presidente no sentido de que os dois teriam votos com motivações mais personalistas e pouco críticas.
“Eu não sou ogro. Não sou chucro, não sou como o Bolsonaro”, disse Lula aos que apontam a polaridade entre os dois líderes. O ex-presidente criticou ainda manifestos lançados no último fim de semana e disse não ter sido convidado a assinar os documentos.
Também criticou o fato de não haver a citação do nome de Bolsonaro, nem referência a direitos dos trabalhadores nos movimentos: “Toda a vez que a sociedade começa a se mobilizar, uma parte da elite tenta tomar conta desse processo. As pessoas precisam entender que o Bolsonaro nesse governo é um bobo da corte.”