Lula afirma defender alternância de poder também para a Venezuela
Durante coletiva com a mídia estrangeira, petista respondeu sobre país de Maduro e disse que não existe presidente insubstituível
atualizado
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse à imprensa estrangeira que defende a alternância de poder para a Venezuela. Em coletiva com a mídia internacional, nesta segunda-feira (22/8), o petista afirmou que “deseja para o país vizinho o mesmo que quer para o Brasil: eleições livres, onde os resultados sejam acatados e com alternância de poder”.
“Eu sempre aprendi a respeitar a autodeterminação dos países, eu não posso ficar me metendo. Precisamos tratá-la com respeito. Eu defendo a alternância de poder não apenas para mim, mas para a Venezuela também. Defendo para todos os países, porque não existe presidente insubstituível”, declarou.
Veja o vídeo:
Lula diz defender alternância de poder na Venezuela, mas pede respeito ao país vizinho. “Aprendi a respeitar a autodeterminação dos povos de um país”.
Candidato a presidente do PT concedeu entrevista a veículos de imprensa estrangeiros nesta segunda-feira (22). pic.twitter.com/dU42zB71G6
— Metrópoles (@Metropoles) August 22, 2022
A declaração do petista não significa uma crítica direta a Nicolás Maduro, aliado histórico do PT com quem Lula mantém um bom relacionamento. Contudo, representa uma ressalva à gestão do líder venezuelano, no poder há nove anos.
Sob o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Brasil passou a reconhecer o líder da oposição Juan Guaidó como presidente autoproclamado do país. “Eu não concordei quando a União Europeia aceitou o Guaidó”, ressaltou o petista.
“Se eu for eleito, o Brasil vai tratar a venezuela com respeito, e eu espero que a Europa e os Estados Unidos também. Só tem um jeito de restabelecer a convivência democrática, que é não tentar criminalizar as pessoas”, justificou.
Durante a coletiva, o petista também teceu críticas contra o principal opositor, Jair Bolsonaro (PL), e abordou temas como governança internacional, compromisso com a conservação do meio ambiente e políticas econômicas.
“Eu tenho certeza que, aqui no Brasil, o resultado eleitoral será acatado plenamente. É dado a quem perde o direito de lamentar, mas paciência, isso faz parte do jogo”, disse.