Lula adianta R$ 192,7 mi do Fundo de Participação dos Municípios ao RS
O anúncio foi feito em reunião por videoconferência do presidente e ministros com prefeitos gaúchos
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta sexta-feira (17/5), um adiantamento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para 47 cidades em calamidade do Rio Grande do Sul. A antecipação da parcela adicional soma R$ 192,7 milhões, apurou o Metrópoles.
O anúncio foi feito em reunião do presidente e ministros com prefeitos gaúchos. A equipe presidencial estava no Palácio do Planalto, enquanto os chefes dos Executivos municipais participaram por videoconferência.
Em sua fala, ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a antecipação de recursos foi requerida pelos prefeitos das cidades em calamidade e a liberação da verba deverá ser feita ainda em maio.
“Agora nós temos essa liberação. A determinação feita pelo presidente é que se faça ainda este mês para que vocês possam enfrentar alguns desafios prementes pelos quais passam as cidades em calamidade”, disse o titular da Fazenda.
Haddad antecipou ainda que a Fazenda segue trabalhando em novas demandas, sobretudo para as grandes empresas permanecerem no RS e voltarem a produzir o mais rápido possível. Segundo ele, a ideia é fechar o desenho dessa medida na próxima semana. “Queremos que as empresas mantenham os empregos no Rio Grande do Sul e voltem a produzir o mais rapidamente possível. Todo o nosso empenho é para que o estado volte à normalidade volte à normalidade o mais rapidamente possível, reconhecendo o desafio que essa enchente provocouem todo o estado”.
Nesta semana, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, recebeu representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) para fazer um diagnóstico inicial.
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Prejuízos
Segundo o último balanço da Confederação Nacional de Municípios (CNM), os prejuízos causados pela calamidade no estado já passam de R$ 10 bilhões, e há danos em 106,5 mil moradias. A maior parte dos prejuízos está no setor habitacional, com R$ 4,6 bilhões, seguido do setor privado, com R$ 3,1 bilhões, e do setor público, com R$ 2,3 bilhões.
A entidade reforça que os dados são parciais e que as gestões enfrentam dificuldades de atualizar os sistemas informativos em tempo real.
A tragédia já soma 154 mortes, de acordo com a Defesa Civil estadual. Até o momento, 540 mil pessoas estão desalojadas, enquanto 78 mil se encontram em abrigos.
Ao todo, 461 dos 497 municípios do RS foram afetados pelas chuvas, o que corresponde a 92,7% do estado.