Lula abre Cúpula da Amazônia e fala da urgência de ampliar cooperação
Lula é anfitrião de encontro de cúpula de países amazônicos. Três dos 8 chefes de Estado, porém, não foram a Belém, incluindo Nicolás Maduro
atualizado
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Do enviado ao Pará – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez, na manhã desta terça-feira (8/8), o discurso de abertura da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA). Após o presidente brasileiro, chefes de Estado e representantes das demais nações que dividem a floresta amazônica também discursaram. Agora, cada chefe de Estado fala por 20 minutos.
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Em seu discurso, o presidente brasileiro falou sobre a urgência de ampliar a cooperação regional e da necessidade promover “uma nova visão de desenvolvimento sustentável”.
“Precisamos combinar proteção ambiental com inclusão social”, disse Lula. “Com estímulo à economia local, combate aos crimes ambientais e valorização dos povos indígenas e tradicionais”, seguiu o presidente do Brasil.
Parte da reunião de cúpula será fechada. Ao longo da terça-feira (8/8), os chefes de Estado e representantes vão debater os detalhes de uma declaração conjunta que será assinada e deverá dispor sobre o fortalecimento da cooperação a fim de combater crimes ambientais e criar condições para um desenvolvimento sustentável.
Três dos oito países amazônicos não são representados na cúpula por seus chefes de Estado. Além do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmaram presença na Cúpula da Amazônia os chefes de Estado da Bolívia (Luis Arce), Colômbia (Gustavo Petro), Guiana (Irfaan Ali) e do Peru (Dina Boluarte). A presidente peruana, inclusive, reuniu-se com Lula na noite de segunda (7/8).
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, e o do Suriname, Chan Santokhi, não puderam vir ao Brasil por questões de política interna e enviaram ministros para o encontro. A eles se juntou, de última hora, Nicolás Maduro, da Venezuela, como faltoso. Ele está com uma inflação nos ouvidos e enviou, como sua representante, a vice-presidente, Delcy Rodríguez.
O Brasil também tem a ambição de tornar o evento uma forma de convencer todos os países amazônicos a assumir o compromisso de zerar o desmatamento ilegal da floresta até 2030. A ideia de Lula é levar esse compromisso para fóruns como a Cúpula das Nações Unidas para o Clima (COP-28), nos Emirados Árabes, e para o encontro do G-20 e negociar esses recursos para os países com florestas em pé.
Por isso, foram convidados também representantes de Indonésia, República Democrática do Congo e República do Congo, além da França, que controla a Guiana Francesa, a Alemanha e a Noruega, maiores doadores do Fundo Amazônia.
Com financiamento internacional, a ideia é fomentar atividades econômicas sustentáveis na região amazônica e sufocar financeiramente a degradação ambiental. Ao mesmo tempo, os países amazônicos querem aumentar a cooperação para o combate aos crimes ambientais e ao tráfico de drogas, que usam as fronteiras desprotegidas.