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Lula 3: 2º ano acaba com dólar alto, ministro demitido e êxito no G20

O ano de 2024 ficou marcado ainda por troca no Banco Central e a questão de saúde do presidente ocasionada por uma pancada na cabeça

atualizado

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Chega ao fim o segundo ano do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na presidência e, ao longo desse período, o petista precisou lidar com pressões do mercado, questões de saúde, algumas vitórias no campo internacional e até um ministro demitido.

Na reta final de 2024, o governo passou a ser pressionado pela disparada do preço do dólar, que chegou à marca histórica de R$ 6,30. A principal razão da escalada era a incerteza em torno da eficiência do pacote de contenção de gastos proposto pela equipe econômica. As medidas foram aprovadas na última semana dos trabalhos no Congresso Nacional, mas parlamentares desidrataram o pacote.

Além da alta do dólar, o governo viu a elevação da taxa básica de juros, a Selic. A escalada pode reduzir o ritmo de investimentos no país e desacelerar o consumo. A expectativa é que o percentual da Selic chegue a 14,5% em março. Até lá o Banco Central, que define a taxa, será presidido por Gabriel Galípolo, indicado de Lula. Ao longo dos últimos dois anos, o chefe do Executivo fez críticas ao chefe da instituição, Roberto Campos Neto.

Mas, se por um lado, a gestão de Lula teve de lidar com desafios no campo econômico, por outro, o governo conseguiu avançar com medidas importantes. No fim do segundo ano de mandato, a equipe econômica emplacou a aprovação da regulamentação da reforma tributária. Além disso, o Executivo anunciou a proposta de isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. O projeto ainda deve ser enviado ao Congresso.

Ministro demitido

Outra crise que o governo enfrentou durante este ano acabou na demissão do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, acusado de assédio. Como revelado pelo Metrópoles, uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Almeida foi demitido do cargo após a descoberta do caso, e vive recluso desde então. Com a repercussão, novos relatos e vítimas surgiram com denúncias semelhantes. As suspeitas contra ele são investigadas pela Polícia Federal (PF). No lugar dele, Lula indicou Macaé Evaristo, que assumiu o cargo em setembro.

Internacional

Entre os sucessos internacionais do presidente está a reunião do G20 sediada no Rio de Janeiro. No evento, Lula lançou a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e o G20 Social — os dois programas vão continuar no bloco, mesmo após o fim da Presidência rotativa do Brasil no grupo.

Outra conquista deste ano foi a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O petista fez diversas articulações, desde 2023, para o avanço do texto e pautou isso em reuniões com presidentes de diversos países que visitaram o Palácio do Planalto desde janeiro.

Eleições

Parte da agenda do presidente ao longo do ano foi ocupada pelo apoio a aliados nas eleições municipais. O PT, sigla do chefe do Executivo, sofreu um revés no pleito deste ano, apesar de ter conquistado alguns locais estratégicos, como o de Fortaleza, com o prefeito eleito Evandro Leitão.

Para o partido, houve ganho também na derrota dos bolsonaristas, com nenhum ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) alcançando um governo de município.

No entanto, o resultado PT expôs as divergências na alta cúpula e acendeu o alerta para o preparo das próximas eleições presidenciais, em 2026.

Situação de saúde

Os últimos meses foram marcados também por preocupação sobre a saúde do petista. Em outubro, pouco antes de completar 79 anos, Lula sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

O titular do Planalto achou que tinha se recuperado, mas em dezembro sofreu fortes dores de cabeça e exames apontaram um sangramento intracraniano. Ele foi levado com urgência para São Paulo, onde o médico Roberto Kalil trabalha, para realizar uma cirurgia.

Dias depois, Lula precisou passar por mais dois procedimentos antes da alta médica e de ter autorização para retornar a Brasília.

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