Ludhmila Hajjar perde a preferência após Bolsonaro descobrir áudio
O áudio que decepcionou Bolsonaro teria vazado neste domingo (14/3), mesmo dia em que Ludhmila Hajjar encontrou o chefe do governo
atualizado
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A cardiologista Ludhmila Hajjar, cotada para assumir o cargo de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, parece que perdeu a preferência na lista de nomes avaliados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O motivo: supostas declarações da médica nos últimos anos, incluindo um áudio atribuído a Ludhmila em que o presidente é chamado de “psicopata”. As informações são do jornal O Globo.
O áudio que decepcionou Bolsonaro teria vazado neste domingo (14/3), mesmo dia em que Ludhmila Hajjar encontrou o chefe do governo para falar sobre futuras mudanças no Ministério da Saúde.
A reportagem ainda apontou que, no áudio recebido por Bolsonaro, a interlocutora defende a eleição do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para presidente, chamando-o de “corajoso”.
A fala faria referência a atitude de Caiado em ter determinado, no início do ano, medidas de restrição de circulação, confrontando Bolsonaro por declarações em que o presidente minimizava o impacto do vírus.
“Nem sei o que vai acontecer com esse Brasil. Vai pegar fogo. Só sei que quero o Caiado presidente, só isso. Porque ele foi corajoso. Chega. Tem que cair esse JB. É um psicopata”, disse a mulher no áudio enviado ao presidente e ao qual O Globo também teve acesso.
Críticas
As críticas também surgiram por seguidores do presidente, nas redes sociais. Os apoiadores de Jair Bolsonaro reagiram à possibilidade de nomeação de Ludhmila, citando um vídeo em que a médica aparece numa conversa com a ex-presidente Dilma Rousseff.
Ludhmila Hajjar ainda é criticada pela militância bolsonarista por defender posicionamentos que são consenso na comunidade científica, como a inexistência de um “tratamento precoce” eficaz contra a Covid-19, além da adoção de medidas de isolamento social.