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Lúcio Funaro fecha acordo de delação premiada com MPF

Apontado como operador financeiro do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o corretor está preso desde 1º de julho do ano passado

atualizado

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HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Lúcio Bolonha Funaro
1 de 1 Lúcio Bolonha Funaro - Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Apontado como operador financeiro do ex-presidente da Câmara Federal e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — que está preso —, o corretor Lúcio Bolonha Funaro fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

A negociação durou meses e terminou em reunião dos investigadores com advogados de Funaro. Pessoas com acesso ao acordo afirmam que a assinatura da colaboração deve ocorrer ainda nesta terça-feira (22/8).

Depois da formalização entre as partes, o material, incluindo os anexos em que Funaro promete apresentar provas de crimes dos quais tem conhecimento ou participação, será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Funaro deixou o complexo penitenciário da Papuda nesta segunda (21) e voltou para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A transferência foi solicitada pelo MPF na última quinta-feira (17) e autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal.

O corretor deve permanecer na PF para facilitar a logística dos possíveis depoimentos que irá prestar no âmbito do acordo.

Funaro já vinha prestando depoimento no âmbito das operações Sépsis, na qual o corretor foi preso em 1º de julho do ano passado, e na Cui Bono. Um dos interrogatórios foi utilizado na denúncia oferecida pelos procuradores Anselmo Cordeio Lopes e Sara Moreira contra o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima por obstrução de Justiça.

Com base nesses depoimentos, Geddel foi preso. Ele teria tentado impedir Funaro e Cunha de fechar acordo de colaboração. Inclusive, por meio de telefonemas para a mulher do corretor, Raquel Pitta. Além disso, Funaro contou aos investigadores que entregava malas de dinheiro em espécie a Geddel.

Somente do Grupo J&F, segundo planilha entregue pelo empresário Joesley Batista, da JBS, em sua delação, Funaro recebeu cerca de R$ 170 milhões nos últimos 12 anos. À Operação Lava Jato, o corretor promete explicar quais políticos participaram dos esquemas que resultaram nesses pagamentos e qual seria a participação do presidente Michel Temer (PMDB-SP) nessas negociatas.

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