Loja faz “greve”, mas quem votou em Lula trabalha, dizem funcionárias
Comércio de produtos naturais em Goiás ficou fechado em apoio a protestos por golpe. Cozinheiras que apoiaram Lula trabalharam
atualizado
Compartilhar notícia
Funcionárias de uma loja de produtos naturais, no interior de Goiás, gravaram vídeos denunciando que tiveram de trabalhar nesta segunda-feira (7/11), mesmo os patrões tendo aderido à “greve” de apoio às manifestações por intervenção militar e contra o resultado da eleição presidencial.
Isso porque, segundo as funcionárias, elas declararam voto no então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os patrões apoiavam a eleição de Jair Bolsonaro (PL). A situação aconteceu na Naturale, em Mineiros (GO).
Veja o vídeo:
“Botou só os petistas para trabalhar de loja trancada. Hoje, tem que votar no que o patrão quer?”, questionou uma funcionária em um vídeo.
Pelo menos quatro cozinheiras aparecem nas imagens e questionam a situação. Funcionários apoiadores de Bolsonaro teriam sido levados para um protesto em uma cidade próxima.
Loja rebate
Um vídeo de esclarecimento foi publicado na página da loja no Instagram. A proprietária do comércio informou que as cozinheiras tiveram de trabalhar de portas fechadas porque precisavam cumprir prazos de encomendas, e não porque seriam petistas.
“A nutricionista é também eleitora de Bolsonaro e estava trabalhando de portas fechadas. (…). Confesso que fiquei bem assustada e abalada”, afirmou a dona da loja na gravação.
Ela acrescentou que medidas cabíveis estão sendo tomadas e que sempre tentou ser o mais humana e igualitária possível.