Lira prioriza Imposto de Renda e adia Código Eleitoral para próxima semana
Presidente da Câmara quer concluir votação de proposta que muda regras do Imposto de Renda
atualizado
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Em reunião com líderes nesta quinta-feira (2/9), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu priorizar a conclusão da votação das mudancas no Imposto de Renda e adiou para a próxima semana a análise do novo Código Eleitoral.
Os deputados votarão 17 emendas ao texto-base aprovado na noite de quarta que prevê mudanças na cobrança do imposto.
Na semana passada, Lira havia avisado sobre sua intenção de terminar a apreciação do Código Eleitoral antes do feriado para que o Senado possa ter tempo de analisar o tema antes de outubro, quando as regras para as próximas eleições devem ser fechadas.
Mas a maioria dos líderes optou por discutir as possíveis mudanças eleitorais depois.
Na terça-feira (31/8), o plenário da Câmara aprovou o requerimento de urgência do projeto, pressuposto para que o assunto chegasse ao plenário sem passar pela análise de uma comissão de mérito.
Alguns acordos ainda precisam ser fechados com a relatora, a deputada Margarete Coelho (PP-PI), aliada de Lira.
Um deles refere-se a um ponto ainda considerado polêmico: é o que impede a candidatura de militares, policiais, guardas municipais, magistrados e integrantes do Ministério Público que não tenham se afastado definitivamente de seus cargos e funções até cinco anos antes do pleito.
Apenas aqueles detentores de mandato eletivo, ou ex-detentores de mandato, estariam fora da restrição.
Moro e Pazuello
Uma das consequências deste ponto, por exemplo, é que ele impede uma provável candidatura do ex-juiz Sergio Moro e de outros ex-integrantes da Lava Jato em 2022.
Na semana passada, o Podemos soltou nota de repúdio à mudança. Além do partido, a pressão para adiar a entrada em vigor desse dispositivo foi feita pelo governo e ainda pela bancada da bala. Uma possível candidatura do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello também seria inviabilizada por esse dispositivo.
Uma das negociações em curso é a possibilidade de que essa regra só tenha validade para 2026.