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Lira manobra com Centrão para tentar resgatar quarentena para juízes e promotores

Deputados críticos à manobra apontam que ela tem alvos definidos: o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol

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relator da reforma administrativa na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), entregou o texto com seu parecer ao presidente da Casa, Arthur Lira
1 de 1 relator da reforma administrativa na Câmara, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), entregou o texto com seu parecer ao presidente da Casa, Arthur Lira - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em articulação com líderes partidários, tenta incluir a quarentena de 5 anos para juízes e promotores no texto do novo Código Eleitoral. Para isso, os deputados avaliam uma manobra regimental para incluir na pauta de votação desta terça-feira (14/9) uma emenda aglutinativa, unido destaques apresentados pelo PSDB e pelo Solidariedade.

O texto é assinado pelo deputado Cacá Leão (PP-BA), aliado de Lira. Além de recuperar a quarentena de 5 anos, o texto garante que a exigência não seja a mesma para militares e policiais. Na tarde desta terça, Leão coletava assinaturas para apresentar a proposta em plenário. A quarentena para a candidatura dessas categorias foi rejeitada pelo Plenário da Casa na última quinta-feira (9/9) com uma diferença de três votos: 254 votaram a favor da medida — eram necessários ao menos 257.

Para tentar convencer os parlamentares pela aprovação da mudança, lideranças da oposição e de outros partidos foram chamados para uma reunião no gabinete de Lira antes da sessão, inicialmente marcada para as 15h30. Embora já tivessem tomado ciência do texto, integrantes do PSol, PT e Rede evitaram comentar sobre a proposta. “Ainda não temos posição. Fomos convocados para uma conversa”, disse o deputado José Guimarães (PT-CE).

Deputados críticos à manobra apontam que Lira se comporta como o ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha, e que a manobra tem alvo definido: impedir a candidatura de integrantes da operação Lava Jato, como o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

Para valer já na eleição de 2022, no entanto, a medida precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro até o início de outubro, um ano antes do pleito.

 

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