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Lira defende autonomia do BC após críticas de Lula a Campos Neto

Arthur Lira defendeu medidas tomadas em sua gestão, incluindo autonomia da autoridade monetária, para “impedir retrocessos”

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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1 de 1 Foto colorida do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira - Metrópoles - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a autonomia do Banco Central (BC), nesta terça-feira (18/6), horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticar o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.

Em entrevista à CBN, o petista afirmou que Campos Neto tem “lado político” que prejudica o país, em relação à taxa de juros. Desde o início do governo, a briga por causa da política monetária do BC tem sido constante. Nesta terça, o presidente voltou a criticar Campos Neto, que, na última semana, reuniu-se com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Jair Bolsonaro (PL).

Lira citou a autonomia do BC como uma das medidas aprovada em sua gestão à frente da Câmara, para “impedir retrocessos”. Sem citar Lula ou o presidente do Banco Central, Lira afirmou que a autonomia aumentou a “credibilidade” da política monetária.

“A Câmara tem apoiado reformas econômicas e impedido retrocessos. A autonomia do Banco Central, às vésperas do Copom, aumentou a credibilidade da nossa política monetária. O nosso arcabouço fiscal e a reforma tributária racionalizam a nossa política fiscal”, declarou no evento “CNN Talks”.

Declarações de Lira e Lula antes do Copom

As afirmações fortes de Lula acontecem no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que ocorrem entre esta terça-feira (18/6) e quarta-feira (19/6). É o grupo que define a taxa de juros do país, hoje estipulada em 10,5%.

Ao ser perguntado se Tarcísio tinha interferência nas decisões do BC, Lula não titubeou. “Tem mais do que eu. Não é que ele encontrou com o Tarcísio em uma festa. A festa foi do governo de São Paulo para ele. Certamente porque o governador de São Paulo está achando maravilhosa a taxa de juros de 10,5%”, assinalou.

“Nós vamos repetir o [Sergio] Moro? O presidente do BC está disposto a fazer o mesmo papel que o Moro fez? Com o rabo preso a compromissos políticos?”, disparou Lula.

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