Lira convoca sessão para votar intervenção na segurança do DF
A sessão marcada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deve ter início às 20h30 desta segunda-feira (9/1)
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), marcou sessão extraordinária, para às 20h30 desta segunda-feira (9/1), a fim de votar o decreto de intervenção federal assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último domingo (8/1). A informação foi confirmada após reunião de líderes da Casa.
O encontro foi articulado para discutir as medidas de reação da Câmara frente ao ataque terrorista na capital federal. Houve, também, um acordo para que o decreto seja aprovado.
“Todos os partidos vão encaminhar, sim, pela intervenção. Há total unidade contrária aos atos. Cada um classifica de uma forma, mas é contra o Estado direito, contra a democracia”, informou o líder do PT, deputado Reginaldo Lopes, ao deixar a reunião.
Lula assinou uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) — emprego das Forças Armadas, para frear a depredação que manifestantes bolsonaristas promoveram nos prédios dos Três Poderes.
A sessão dos deputados será de maneira remota, já que as dependências das casas legislativas estão danificadas por causa dos ataques terroristas. Arthur Lira participará presencialmente.
Reunião de Líderes
Lira esteve reunido nesta tarde de segunda-feira com pelo menos 25 líderes partidários, na Residência Oficial da Câmara. Ele estava de férias em Alagoas, devido ao recesso parlamentar, mas retornou a Brasília na noite de domingo (8/1).
Atos antidemocráticos
Manifestantes bolsonaristas protagonizaram invasão aos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto durante atos antidemocráticos deste domingo, em Brasília.
O grupo chegou às sedes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário depois de deixar o Quartel General do Exército e marchar pela Esplanada dos Ministérios.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) disparou bombas de gás para conter os manifestantes, que ocuparam as cúpulas do Congresso e invadiram áreas internas do prédio. No Palácio do Planalto, os grupos quebraram vidraças e invadiram a rampa de acesso ao prédio, além de depredar móveis e artigos de escritório.