Lira confirma fusão do PP com União Brasil para “superbancada” na Câmara
A concretização da união entre os partidos deve acontecer após o primeiro turno das eleições, marcado para este domingo (2/10)
atualizado
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Já de olho em 2023, a Câmara dos Deputados se movimenta para a construção de uma “superbancada” resultante da fusão entre o partido Progressista e o União Brasil. A informação foi confirmada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
O PP reúne, hoje, 58 deputados, e o União, 51.
Atualmente, a maior bancada da Casa é do Partido Liberal (PL), sigla que abriga o presidente Jair Bolsonaro, com 76 deputados.
As articulações para a fusão entre PP e UB estão sendo geridas por Lira e o vice-presidente do União, Antonio Rueda. Os caciques partidários estiveram reunidos na última sexta-feira (30/9), em Alagoas.
Caso as negociações tenham sucesso, o PL cairá para segundo lugar e a nova sigla abrirá uma margem de 33 parlamentares – considerando o número atual da bancada. No entanto, a expectativa da nova legenda é comportar 120 deputados na Casa e ser, de longe, a maior bancada.
As conversas sobre a fusão também envolvem o Senado Federal. Conforme apurou o Metrópoles, os dirigentes especulam ao menos 30 senadores.
Além de Lira, o PP abarca o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que também participa das tratativas sobre um novo partido. Nogueira é aliado de Bolsonaro, mas também, em anos anteriores, esteve ao lado do PT. A concretização da união entre os partidos deve acontecer após as eleições do primeiro turno, em 2 de outubro.
O movimento das siglas pode beneficar quaisquer dos eleitos à Presidência, tanto a reeleição de Jair Bolsonaro quanto a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Isso porque o tamanho de um partido na casa determina também o tamanho de sua força política e financeira.