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“Ligou para dizer que matou”, diz ex do suspeito de executar policial

De acordo com Kennia Yanka, ex-namorado cometeu o crime após saber do registro de uma denúncia contra ele. Idoso foi baleado em farmácia

atualizado

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Goiânia – Após atingir com ao menos dois disparos o policial civil aposentado João do Rosário Leão, Felipe Gabriel Jardim ligou para a ex-namorada e filha da vítima, Kênnia Yanka, para avisar que havia matado o pai dela e que iria matá-la. Segundo a jovem, o rapaz cometeu o crime depois de saber que a vítima havia registrado um boletim de ocorrência contra ele. O suspeito está foragido.

O idoso, de 63 anos, foi atingido na cabeça, dentro da farmácia que era proprietário, no Setor Bueno, bairro nobre de Goiânia. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. O caso aconteceu nessa segunda-feira (27/6).

“Ele me ligou cedo quando ele soube [da ocorrência] e falou que ia matar o meu pai. Eu fui correndo atrás do meu pai, mas ele não atendia. Eu peguei o carro e fui para lá, só que o pneu furou e eu não consegui. Quando eu desci para pedir ajuda, ele ligou para dizer que matou meu pai e ia atrás de mim”, disse ela à imprensa.

Veja o vídeo:

 

 

Segundo a família, João estava aposentado há cinco anos e, há três anos, tinha aberto o estabelecimento comercial em sociedade com o outro genro. Duas filhas dele também trabalhavam no local, Kênnia Bianka, que é contadora e está grávida, e Kênnia Yanka, ex- namorada do suspeito do crime.

Prisão

Na manhã desta terça-feira (28/6), o delegado responsável pela investigação do caso, Rhaniel Almeida, informou que o padrasto de Felipe foi preso por posse ilegal de arma de fogo. O homem é suspeito de acobertar o enteado, no entanto, não há indícios de participação direta dele no homicídio.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Felipe Gabriel continua foragido e a corporação está empenhada na captura dele. Por meio das redes sociais, a família de João do Rosário chegou a oferecer recompensa de R$ 10 mil por informações sobre o paradeiro do homem.

 

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Ameaças

Ainda segundo Kênnia, Felipe teria ameaçado a família do idoso no final de semana, o que motivou o registro do boletim de ocorrência. De acordo com ela, no último sábado (25/6), o suspeito atirou para cima e ameaçou matar ela e o pai. Ela diz que o namorado sempre teve atitudes abusivas e que já tinha apontado arma para ela.

“O meu pai nunca tinha visto a cena, porque eu nunca contei para os meus pais. Ele começou a gritar comigo e meu pai falou ‘você não grita com ela não’. No que ele falou, ele atirou pra cima e apontou a arma para o meu pai e eu fiquei na frente, ele ficou com a arma na minha cara assim”, disse Kênnia Yanka.

“Ele é super abusivo. Eu tenho vídeos dele apontando a arma pra minha cara. Ele falando que ia matar meu filho de 4 anos”, desabafou a mulher. Em um vídeo atribuído ao suspeito, ele ameaça “matar todo mundo”, após uma discussão. Aos prantos, ela disse: “Você colocou a arma na minha cabeça”.

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O suspeito, Felipe Gabriel, foi vigilante penitenciário temporário e policial militar temporário em Goiás
Felipe Gabriel é suspeito de matar o ex-sogro, o policial civil aposentado João Rosário, em Goiânia
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João Rosário era policial civil aposentado e dono de farmácia em Goiânia

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O suspeito, Felipe Gabriel, foi vigilante penitenciário temporário e policial militar temporário em Goiás

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Felipe Gabriel é suspeito de matar o ex-sogro, o policial civil aposentado João Rosário, em Goiânia

Reprodução

Exoneração

Felipe Gabriel é ex-vigilante penitenciário temporário e foi nomeado na semana passada para o cargo comissionado de gerente de sinalização de trânsito em Goiânia, mas isso não tem relação com o crime, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), que exonerou o suspeito nesta terça-feira (28/6).

O suspeito já responde a um processo pela Lei Maria da Penha e, segundo as investigações ele ameaçou, agrediu e perseguiu uma ex-namorada. O julgamento deste caso está previsto para acontecer no dia 18 de outubro.

Pesar

Por meio de nota, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) lamentou a morte da vítima. A corporação se solidarizou com a família de João do Rosário e reiterou o compromisso na investigação e resolução do crime.

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