metropoles.com

Líderes da Câmara negociam para restabelecer maioria na CPI do MST

Em contrapartida, Centrão exige cancelamento das convocações de Walter Schalka e do ministro Rui Costa à CPI do MST

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
imagem colorida mostra sessão da cpi do mst com deputados sentados em frente a computadores e deputado ricardo salles com microfone na mão
1 de 1 imagem colorida mostra sessão da cpi do mst com deputados sentados em frente a computadores e deputado ricardo salles com microfone na mão - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Arthur Lira e líderes do Centrão deixaram claras as suas intenções sobre a CPI do MST, que investiga os atos dos integrantes do movimento. Lira bateu o pé e afirmou que não quer a prorrogação da CPI, mesmo diante do pedido do presidente da comissão, tenente-coronel Zucco, que pediu a prorrogação. Nos bastidores, deputados afirmam que Zucco quer garantir, por mais tempo, a visibilidade de uma CPI.

A negociação foi a seguinte, em reunião na terça-feira (22/8), no canto do plenário da Câmara: a CPI do MST não será prorrogada, mas os partidos restabelecem a maioria do grupo defensor do agro, porém com o compromisso de não convocar o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e de cancelar a convocação de Walter Schalka, presidente da Suzano.

Toda a bancada da Bahia, com destaque para Elmar Nascimento, se mobilizou para que Schalka fosse impedido de depor na CPI. Ficou combinado então, que convidariam o número 2 da empresa, o diretor-executivo, Luís Bueno. Além de ser convidado, Bueno inclusive, pôde escolher a data do depoimento, que estava previsto inicialmente para a primeira semana de agosto. Como ele estava viajando, a data escolhida foi esta quarta-feira (23/8).

É sabido que a Suzano é a maior contribuinte do estado baiano e, este deve ser um dos motivos para o incômodo dos parlamentares do estado. É sabido também que a Suzano negocia com o PT a intermediação da venda de terras junto ao Incra. A empresa amarra a venda das terras de uma forma que o valor da negociação seja acima do previsto para terras invadidas. Esse esquema foi denunciado pelo próprio ministro do desenvolvimento agrário, Paulo Teixeira.

Alternativa para a CPI do MST

Aceitar a negociação imposta pelos líderes do Centrão é a única alternativa para os membros da CPI. Isso porque alguns deputados ainda querem aprovar requerimentos e, para isso, é necessário ter a maioria dos votos, que será conquistada apenas se houver a restituição da maioria.

Entre os requerimentos, estão pedidos do relator, deputado Ricardo Sales, que quer a convocação dos diretores da ONG Associação Brasil Popular. A ONG é ligada ao MST e, inclusive houve essa confirmação pelo líder do movimento, João Pedro Stédile, que foi ouvido pelo colegiado na semana passada.

Sales quer pedir a convocação e quebra dos sigilos bancário e fiscal da diretoria da Associação.

Sobre a entrega do relatório, Sales, deverá fazer a leitura na semana do dia 7 de setembro, e votação na semana seguinte. A CPI será encerrada no dia 14 de setembro.
Ainda serão incluídos no relatório, o resultado das diligências que vão acontecer na Bahia nos dias 24 e 25 e também das diligências que vão acontecer no Mato Grosso, na próxima segunda-feira.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?