Líder do PL: operação contra Jordy é “atuação de um Poder sobre outro”
Líder do PL no Senado, Carlos Portinho defendeu Jordy e afirmou que a Lesa Pátria é um “evidente gesto de persegiução e violência política”
atualizado
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O líder do Partido Liberal (PL) no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), criticou a investigação da Polícia Federal (PF) contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) no âmbito da Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta quinta-feira (18/1). Para Portinho, a ação “comprova a atuação de um Poder sobre outro”.
Em publicação no X (antigo Twitter), Portinho defendeu o colega de partido e afirmou que a operação é um “evidente gesto de perseguição e violência política contra um parlamentar e o próprio Congresso”.
“Jordy como parlamentar exerceu seu direito de fala criticando o sistema, mas não incitou movimentos ou atentou contra o Estado. Vivemos tempos sombrios, páginas da nossa história que acreditávamos fosse coisa do passado”, escreveu.
“Uma ação de força extrema, como ocorre nesse inquérito contra um parlamentar, somente se justificaria [se] houvesse provas e fatos concretos e inequívocos, pois, em não havendo, ameaça toda a oposição ao atual governo, com a intenção de calá-la e intimidá-la”, continuou o deputado.
Carlos Jordy é investigado por incitar os atos golpistas do 8 de Janeiro. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do parlamentar, localizado no Anexo III da Câmara dos Deputados, nesta manhã.
Atos golpistas
De acordo com as apurações da PF, Jordy teria passado mensagens com orientações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro para bolsonaristas do Rio de Janeiro.
A PF acredita que as mensagens podem ter servido como “atos preparatórios” para as manifestações antidemocráticas do ano passado.
Operação Lesa Pátria
Esta é a 24ª fase da Operação Lesa Pátria, antecipada pela coluna Na Mira, do Metrópoles, que tem o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos antidemocráticos entre outubro de 2022 e janeiro de 2023.
Nesta quinta, são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).