Líder do PCC no Paraguai, traficante Pavão é extraditado ao Brasil
Brasileiro com cidadania paraguaia, ele foi extraditado nesta quinta: tem pena de 17 anos e 8 meses para cumprir em território nacional
atualizado
Compartilhar notícia
O Paraguai extraditou para o Brasil, nesta quinta-feira (28/12), o traficante Jarvis Chimenes Pavão, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no país vizinho. Pavão é considerado um dos maiores fornecedores de cocaína para o Brasil e estava preso desde 2009 na penitenciária Tacumbu, na cidade paraguaia de Assunção, onde cumpria pena de 8 anos pelos crimes de lavagem de dinheiro e porte ilegal de arma.
No Brasil, o traficante, que tem cidadania paraguaia, tem uma pena de 17 anos e 8 meses de prisão a cumprir pelos crimes de associação ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A defesa tentava evitar a extradição. O advogado Danny Fabrício Cabral Gomes entrou com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), mas a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, entendeu que o caso não seria urgente: o pedido deve ser analisado depois do recesso do Judiciário pela ministra Rosa Weber.
O advogado alega que a extradição seria ilegal porque tratados entre os dois países permitiriam que Jarvis Pavão cumprisse a pena no Paraguai. Segundo Gomes, o traficante teme ser assassinado em presídios brasileiros e o Ministério da Justiça ainda não analisou seus argumentos para mantê-lo fora do país. O advogado considera que a extradição de Pavão pode desencadear conflitos na região.No início do ano, a Justiça paraguaia extraditou para o Brasil o traficante paraguaio Carlos Antonio Caballero, o Capillo, aliado de Pavão e considerado um dos maiores líderes do PCC no país vizinho.