Líder do PCC morto em SP é suspeito de participar de assassinato
Segundo bilhete, “Cabelo Duro” informou aos demais membros da facção que a morte de Gegê do Mangue foi ordem dada por sócio de Marcola
atualizado
Compartilhar notícia
As outras pessoas suspeitas são Francisco Cavalcante Cidro Filho, José Cavalcante Cidro, Samara Pinheiro de Carvalho, Magna Ene de Freitas e Felipe Ramos Morais. Este último é apontado como o piloto do helicóptero que levou Gegê e Paca para serem mortos em Lagoa Encantada, na reserva indígena Jenipapo Kanindé, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.
A juíza da 1ª Vara da Comarca de Aquiraz afirma, na decisão, tratar-se de “representação por prisão temporária, postulado pela autoridade policial da Delegacia de Representação às Ações Criminosas, com objetivo de elucidar as circunstâncias em que ocorreu o duplo homicídio”.“Cabelo Duro” estava citado em bilhete apreendido pela Polícia no domingo, 18, na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Ele foi morto na noite dessa quinta, com tiros de fuzil, na frente do Blue Tree Towers, na zona leste de São Paulo.
O bilhete, apreendido por agentes penitenciários com o parente de um preso, indica que Marcola, chefe do PCC, mandou matar Gegê e Paca, acusados de roubar R$ 20 milhões da organização criminosa e comprar imóveis no Ceará e fazendas na Bolívia. Segundo o bilhete, a operação para matar os dois foi organizada por Gilberto Aparecido dos Santos, o “Fuminho”. Hoje sócio de Marcola, ele era o gerente dos negócios do líder do PCC no Paraguai.
Wagner é citado duas vezes no bilhete: “Ontem, fomos chamados em umas ideias, aonde nosso irmão Cabelo Duro deixou ‘nois’ ciente que o Fuminho mandou matar o GG e o Paka. Inclusive o irmão Cabelo Duro e mais alguns irmãos são prova que os irmãos estavam roubando (sic)”. Ele foi assassinado horas depois de o bilhete ser divulgado.
O piloto Felipe Ramos Morais já é conhecido pela polícia do Ceará. Em 2014, foi condenado à prisão por tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico depois de ser preso, em 2012, com um grupo que transportava 174,8 quilos de pasta-base de cocaína vinda da Bolívia. A droga estava dentro de seis sacos de ráfia. Um dos réus disse, na época, que Felipe e outros dois pilotos presos com ele receberiam R$ 700,00 por quilo transportado.