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Líder do governo no Congresso minimiza rejeição de DPU: “Faz parte”

Igor Roque, indicado por Lula à DPU, teve nome rejeitado pelo plenário do Senado na noite de quarta-feira (25/10)

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1 de 1 líder Governo senador Randolfe Rodrigues - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido -AP), minimizou, nesta quinta-feira (26/10), a rejeição do Senado ao indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Defensoria Pública da União (DPU).

Igor Roque teve o nome rejeitado pelo plenário do Senado na noite dessa quarta-feira (25/10), com 38 votos contrários, 35 favoráveis e uma abstenção. Ele precisaria de, ao menos, 41 votos a favor para assumir o comando da DPU.

Após reunião de líderes do Senado nesta quinta, Randolfe afirmou que não dá para medir a base do governo pelo resultado da votação. O senador, no entanto, admitiu que havia um “conjunto de tensões” desde a designação de Roque para o cargo.

“Na vida é assim. Às vezes a gente ganha, às vezes a gente perde. Até meu Flamengo perdeu ontem em uma virada lamentável. A derrota faz parte. Mas isso não pode ser dito como regra”, disse. “Teve um conjunto de circunstâncias que, lamentavelmente, reitero, criou dificuldades para a apreciação do dr. Igor. Faz parte”, concluiu o líder.

Randolfe também afirmou que o presidente Lula deve designar, “no momento oportuno”, um novo nome para o comando da DPU. A indicação também precisará passar pelo crivo do Senado.

Rejeição

Lula indicou Igor Roberto Albuquerque Roque ao cargo no início do ano. Ele substituiu imediatamente o então chefe do posto, Daniel Macedo, que havia sido escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Igor Roque chegou a ser sabatinado e teve indicação aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal em julho deste ano, sob relatoria do senador Humberto Costa (PT-PE).

O nome do indicado, no entanto, passou a ser criticado pela oposição após a DPU organizar, em agosto desse ano, um seminário sobre aborto legal. Após críticas de grupos conservadores, o evento foi cancelado.

O Metrópoles apurou que a rejeição de Igor Roque foi trabalhada nos bastidores do Senado Federal por um colega. Um ex-defensor público-geral teria conversado com senadores na intenção de difamar o escolhido por Lula, vendendo uma imagem de “maconheiro” e “abortista” de Roque.

Defensores acreditam também que a rejeição de Roque para o comando da DPU seria uma resposta do Senado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa a descriminalização do aborto nas primeiras 12 semanas de gestão. Nos bastidores, a informação é que a defensoria não poderia ser comandada por um defensor pró-aborto.

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