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Líder da Patrulha Maria da Penha, no Rio: “Comemoramos vidas salvas”

Tenente-coronel Cláudia Moraes lidera programa para combater violência doméstica e apoiar vítimas, que incluem policiais e esposas de PMs

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Cláudia Moraes, tenente-coronel da PM do Rio e comandante da Patrulha Maria da Penha
1 de 1 Cláudia Moraes, tenente-coronel da PM do Rio e comandante da Patrulha Maria da Penha - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – Aos 47 anos, a tenente-coronel Cláudia Moraes vive uma vida de extremos em tudo o que faz. Desde agosto de 2019, a oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro comanda a Patrulha Maria da Penha, programa especializado em dar apoio a mulheres vítimas de violência doméstica, em especial àquelas que já possuem medidas protetivas contra seus agressores. Desde então, mais de 250 prisões foram efetuadas, seja por descumprimento das medidas ou por flagrantes de ataques contra mulheres.

A coronel carioca afirma que cada caso é especial e que não se surpreende quando identifica entre as 18 mil mulheres assistidas pelo Programa Maria da Penha colegas de farda ou esposas de policiais militares.

“A violência contra a mulher afeta a todos nós. Independentemente de classes sociais, de onde mora, se é da zona rural ou urbana, não interessa. Temos casos de policiais e de mulheres de policiais vítimas, e o tratamento que a Patrulha dá a esses casos é o mesmo dado aos outros, pois todos os casos são importantes. Nosso foco é na mulher, não no autor da violência. Não comemoramos prisões efetuadas. Comemoramos as mulheres que salvamos, as vidas salvas”, explica.

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Segundo a tenente-coronel, cada agressor retirado da rua por descumprimento de medida protetiva é a certeza de que a vida de cada vítima vale muito. “Se esse agressor já tinha uma restrição e feriu isso, boa coisa ele não planeja fazer. Então, em geral, é uma morte de inocente que evitamos em cada um desses momentos”, completa.

Cláudia Moraes é casada com um coronel da corporação, não tem filhos, trocou a vida de operadora de telemarketing pelo trabalho na polícia, e, ao longo dos anos, se especializou na assistência às mulheres. Esse foco aumentou durante a pandemia. “Nós dobramos o número de atendimentos se comparados os primeiros bimestres de 2020 e 2021. Passou de 4,3 mil atendimentos no primeiro bimestre de 2020 para 8,6 mil no mesmo período deste ano”, enumera a comandante.

Desde que foi criada, em agosto de 2019, a Patrulha Maria da Penha já realizou 45 mil fiscalizações de medidas protetivas. O programa conta com 43 equipes, formadas por uma dupla de policiais: um do sexo masculino e outro do feminino. “Em geral, mulheres em situação de violência se sentem mais seguras e acolhidas em relatar o que sofreram para outras mulheres”, conta Cláudia, lembrando que o machismo estrutural que enfrenta começa ao colocar a farda.

“Há quem pense que mulher não é pra isso. Outros acham que não usamos batom ou maquiagem. Eu mantenho minha feminilidade, não saio sem meus cílios lindos e longos. Mas, no trabalho, não tem essa de fragilidade. Somos tão fortes quanto todos os outros”, completa a policial, explicando que não concorda em posar para fotos ou fazer poses se maquiando para não reforçar o estereótipo de que mulheres não fazem trabalhos “brutos”.

Atualmente, apenas 11% do efetivo da Polícia Militar do Rio de Janeiro é de mulheres, o que representa 4,9 mil dos mais de 40 mil policiais da ativa.

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