Líder da oposição reclama de Dino por veto a trechos de livros: “Woke”
Ministro Flávio Dino, do STF, vetou trechos homofóbicos e misóginos de obras jurídicas e incomodou Rogério Marinho
atualizado
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Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) criticou, neste sábado (2/11), o que chamou de “militância woke” após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a retirada de trechos preconceituosos de obras jurídicas.
“A militância woke, travestida de progressismo, nada mais é do que censura e intolerância. Se você não concorda com uma ideia, contradiga com outra. Destruir e queimar livros é típico de Torquemada e da versão moderna do velho revisionismo histórico da esquerda”, escreveu Marinho no X, ao comentar postagem que acusa o ministro do Supremo de ter determinado “decisão judicial que instala oficialmente a censura na academia jurídica brasileira”.
Woke é a palavra em inglês para “acordado” e é usada por quem tem uma visão política conservadora para definir progressistas e quem defende a chamada agenda identitária.
Na sexta-feira (1º/11), Dino ordenou a vedação de partes de textos jurídicos que atacam a comunidade LGBTQIA, como alguns que comparam a orientação sexual à contaminação pelo vírus HIV. Em outras seções, há machismo e misoginia, como uma que diz que “muitas mulheres que transaram demais optaram por favorecer o ânus para preservar a vagina de desgaste”.
A decisão é fruto de um recurso apresentado pelo Ministério Público Federal, após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região negar o pedido para remover de circulação as obras.
Dessa forma, o ministério ingressou com a ação, questionando os trechos dos livros jurídicos após alunos da Universidade de Londrina (PR) encontrarem conteúdo homofóbico nas leituras disponíveis na biblioteca da instituição.