LG sai do mercado de celulares e preocupa funcionários de fábrica
Decisão pode tirar o emprego de 400 trabalhadores de fábrica de Taubaté (SP)
atualizado
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A LG anunciou, nesta segunda-feira (5/4), que deixará o mercado de celulares após acumular prejuízo bilionário na área. Segundo a nota, a empresa não apresenta crescimento na indústria de smartphones há 23 trimestres, desde 2015.
O fim das operações da LG nesse mercado não é novidade, já que a companhia estava em negociações para a venda de sua indústria de celulares. De acordo com o site coreano Nikkei Asia, compradores da Rússia e Vietnã participaram das conversas, que acabaram não indo para frente.
O site Statcounter mostrou que as operações da empresa no mercado global de celulares caíram de 4,1% em 2014 para 1,6%. No Brasil, a queda foi ainda maior, indo de 16,1%, em 2013, para 6,5%.
No Brasil
O anúncio preocupou os mais de 1 mil funcionários na fábrica de Taubaté (SP), sendo 400 desses ligados à produção de celulares. Desde 26 de março, o grupo está de greve frente às tentativas falhas de conseguir uma reunião com os dirigentes da unidade sobre a mudança no mercado.
Nesta terça-feira (6/4), no entanto, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté se reunirá com a direção da LG na cidade em busca de respostas para os funcionários.
Já a fábrica da LG localizada em Manaus (AM) não deverá ser afetada diretamente pelo fim da produção de celulares, uma vez que a produção lá foca em eletrodomésticos da chamada linha branca.
A decisão vem dois meses após a saída da Ford do Brasil, que provocou a perda de 118,8 mil empregos, inclusive em Taubaté (SP).
